sexta-feira, 31 de julho de 2009
Maria Pagés - Dança do Fogo (flamenco)
Um Poema ao Acaso: Poema à Mãe - Eugénio de Andrade
No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe.
Tudo porque já não sou
o menino adormecido
no fundo dos teus olhos.
Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais.
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura.
Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos.
Mas tu esqueceste muita coisa;
esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!
Olha – queres ouvir-me? –
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;
ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;
ainda ouço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal…
Mas – tu sabes – a noite é enorme,
e todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber.
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.
Boa noite. Eu vou com as aves.
Eugénio de Andrade
Do livro “Os Amantes sem Dinheiro”
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Fátima Felgueiras: mais um prego no caixão da Justiça...
Os novos pobres!...
Elena Ledda Pesa Palchi No Torri Amargura
Falta de especialização dos magistrados dificulta a punição do crime económico
Dos vários pontos críticos abordados, que explicam a grave situação do estado da Justiça em Portugal, Boaventura Sousa Santos deteve-se particularmente na falta de especialização dos juízes e dos magistrados do Ministério Público, principalmente na área do crime económico e financeiro. Havendo já um corpo de bons advogados especializados nesse segmento, os juízes e os magistrados do MP ficam fragilizados, quando pretendem desmontar os sólidos e ardilosos argumentos desses advogados, o que conduz inevitavelmente à impossibilidade de fazer a prova da culpabilidade dos arguidos. Idêntica lacuna pode também ser apontada à polícia de investigação dos crimes económicos e financeiros, assim se explicando a sua baixa eficácia e a sua extrema lentidão na finalização dos processos O caso Freeport é bem a prova disso.
Os sucessivos governos vão assobiando para o lado, perante este descalabro da Justiça, que deixa impunes os criminosos do crime de colarinho branco, defraudando assim a expectativa dos portugueses, que começam cada vez mais a não acreditar neste pilar fundamental de uma democracia.
Para poder conduzir a investigação, pronunciar e julgar os arguidos dos crimes económicos e financeiros, os agentes das diferentes magistraturas têm de conhecer os esquemas complexos das múltiplas operações financeiras, o funcionamento e a estrutura orgânica dos bancos e da Bolsa e perceber esse mundo obscuro dos offshore. Não lhes basta saber Direito.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Maioria de portugueses e de espanhóis querem uma União Ibérica
1- Grandes Pintores: René Margaritte
“Castelo dos Pireneus”, pelo seu significado e arrojo, é das obras mais importantes de René Margaritte, e onde o autor revela melhor o seu “realismo mágico” ou o seu “surrealismo realista”. O mesmo se poderá dizer da obra “A Queda”, onde se representa uma série de homens com chapéu de coco na cabeça e vestidos a rigor, em aparente queda livre. Para o público em geral, os chapéus de coco constituíram o elemento figurativo que melhor identificava o pintor.
René Margaritte nasceu na Bélgica, em 1898, e morreu em La Figueras, a terra de Salvador Dali, em 1967. Estudou em Bruxelas, mas em 1927 mudou-se para Paris, tendo-se associado ao grupo surrealista, onde pontificavam os poetas André Breton e Paul Éluard e o pintor Marcel Duchamp.
AC
BES: Ser juíz em causa própria!...
terça-feira, 28 de julho de 2009
As aparências iludem (2)...
Cortesia do João Fráguas
A senhora ficou com a fama e não ficou com o proveito...
Um Poema ao Acaso; Comigo me desavim Sá de Miranda
Comigo me desavim
Sou posto em todo o perigo:
Não posso viver comigo
Nem posso fugir de mim.
Com dor da gente fugia,
Antes que assim crecesse;
Agora já fugiria
De mim, se de mim pudesse.
Que meo espero ou que fim
Do vão trabalho que sigo,
Pois que trago a mim comigo
Tamanho inimigo de mim?
Sá de Miranda
1481-1558
Bem, mas isto é uma opinião muito pessoal que poderá vir a admitir, naturalmente, todas as reservas a quem, habilitado e credenciado com mais conhecimentos, possa melhor ajuizar da sua validade. No entanto, o que já transcende qualquer interpretação subjectiva e prescinde do aval de outros juízos, é a afirmação, que pode ser recolhida em qualquer História da Literatura Portuguesa, de que Sá de Miranda se encontra, por mérito próprio, na Galeria dos Príncipes da Poesia Portuguesa, ombreando nesse estatuto com Camões e Pessoa, entre outros. Foi ele que, após uma visita a Itália, na década de vinte de Quinhentos, e onde o revolucionário movimento do Renascimento moldava o novo Homem, negando e renegando a escuridão medieval, trouxe a nova “escola literária” para Portugal. Dele disse Almeida Garrett que “filosofou com as musas e poetizou com a filosofia”, afirmação esta que define com exactidão as características da sua poesia, cujo brilho não foi ofuscado pela ingratidão do velho e embrutecido Portugal da sua época, desgraça esta que, posteriormente, também perseguiu Camões, Damião de Góis, padre António Vieira e António José da Silva (O Judeu). Apenas lhe valeu a amizade de D. João III e a do infante D. Luís. Desgostoso com o bafio da corte, onde já medrava, ameaçador, o monstro maligno da sanha persecutória do espírito inquisitorial, escolheu o exílio, numa sua propriedade no Minho, onde continuou, até à sua morte, a sua fecunda obra literária.
Alexandre de Castro
Morreu Merce Cunningham, um revolucionário da Dança
Merce Cunningham morreu no último domingo, aos 90 anos. Abraçando a dança e a coerografia, desde muito novo, destacou-se pela revolução que introduziu nos seus trabalhos, inovando nos métodos e na linguagem da criação artística. Pela sua parte, deu um contributo pessoal a todo o vanguardismo artísto e cultural que explodiu em Nova Iorque na primeira metade do século XX. Recorde-se que, entre os seus colaboradores, figurou Andy Warhol, o célebre pintor que introduziu a pop art. Merce Cunningham foi pois uma testemunha e um actor importante do apogeu artístico dos Estados Unidos no último século.
Cunningham descomplexou a dança, retirando-lhe a rigidez dos movimento programados para o bailarino, como acontecia no processo da dança clássica. Apontando apenas as direcções dos deslocamentos e os tempos das paradas, Cunningham dava inteira liberdade aos bailarinos para vivenciarem em cada momento o seu estilo e figuração, já que, para este coreógrafo, a dança deveria compor-se de gestos naturais, sem artifícios desnecessários, e que não deveria obedecer a nenhum encadeamento lógico de movimentos. Para ele a dança não tinha uma finalidade narrativa, mas apenas figurativa, princípio este subtraído aos cânones do abstracionismo na pintura.
Em 1968, já com o seu trabalho de vanguarda inteiramente reconhecido, a companhia que dirigia passa a ter o estatuto de companhia residente na Brooklin Academy of Music. No ano seguinte, é nomeado director da Companhia de Dança Moderna de Nova York. A sua fama galga fronteiras, e, em 1970, apresenta no Théâtre de France a sua obra Signalis. Produziu cerca de 200 coreografias, algumas delas, a partir de 1970, recorrendo à programação em computador, o que foi uma inovação..
Novas Oportunidades: um programa que poderia ter sido bom (texto revisto)
O Poema da "merda"!...
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Um verdadeiro poliglota!...
Cortesia do João Fráguas, que me enviou este vídeo
Impunha-se um curso de Castelhano Técnico. Mas, mesmo sim, como se pode ver na imagem, os espanhóis compreenderam-no muito bem.
Espera-se que o ministro honre a palavra dada...
As mensagens eróticas vão animar a campanha eleitoral!...
domingo, 26 de julho de 2009
Informação do editor
Conflito insanável com a Matemática!...
Cortesia de Pedro Frias, que me enviou este vídeo
Pina Bausch Mazurca Fogo
Le Sacre Du Printemps by Pina Bausch Wuppertal Dance Theater
Escola antiga...
sábado, 25 de julho de 2009
Mulheres atarantadas!...
As mulheres não podem ver um objecto duro e alongado. Ficam logo atarantadas.
Invenção revolucionária!...
Foi inventada a melhor maneira de se proteger contra a gripe A. No entanto, vai faltar latex para os preservativos, o que está a preocupar as autoridades sanitárias, por causa da sida.
Mais uma vítima do puritanismo americano!...
Esta mulher é portuguesa. O severo puritanismo do sistema americano não perdoou o seu passado de artista porno, e demitiu o seu marido, um político da Florida, com quem se tinha casado em Outubro de 2008, e que sabia do seu passado. O seu antigo patrão da indústria pornográfica, ao receber de um amigo uma fotografia de Ana Mota, que a identificava como mulher de William Janke, o político em questão, resolveu denunciar a situação num jornal .
Apesar do escândalo, a maioria dos residentes de Fort Meyers, considera que não havia motivo para demitir William Janke.
Com uma hipocrisia refinada, que o protestantismo inculcou, a América exige que os seus políticos assumam a moral da sexualidade institucionalizada, não lhes admitindo qualquer desvio. Exigem-lhes que sejam exemplares chefes de família e que as suas mulheres sejam exemplares donas de casa. A América só não exige aos seus políticos que sejam adeptos do Benfica.
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=6F6B056F-D079-4AF9-BE0E-E8A25A5A64AB&channelid=00000091-0000-0000-0000-000000000091