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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Espera-se que o ministro honre a palavra dada...



O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, já por duas vezes veio anunciar que o Estado não assumia os prejuízos dos clientes do retorno absoluto, do BPP, remetendo para a administração do banco e para os seus accionistas a responsabilidade de encontrarem a respectiva solução. Desta forma, o ministro recusou-se a financiar com o dinheiro dos contribuintes todos os planos de salvamento que lhe foram apresentados. Esta decisão apoiou-se no cumprimento de uma escrupulosa legalidade e e norteou-se pelos critérios de moralidade, que devem presidir ao gasto dos dinheiros públicos. Seria escandaloso que os portugueses tivessem de pagar os prejuízos de quem entregou dinheiro a um banco para a pura especulação bolsista.
A pressão sobre o ministro para que altere a sua posição, revertendo-a a favor daqueles clientes, é enorme, e começa a ser exercida por responsáveis a quem se exige o respeito pela coisa pública no exercício das suas funções. As ambíguas declarações de hoje do ministro parecem indiciar um ligeiro recuo. Os portugueses não podem ser confrontados com mais uma manobra insidiosa, que visa o escandaloso saque do Estado.

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