Será Cristiano Ronaldo um produto tóxico?
No momento em que a Espanha se encontra mergulhada numa crise económica gravíssima, e com uma taxa de desemprego galopante, a estratégia do presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, em assumir a contratação de jogadores mediáticos por valores extravagantes, é obscena e escandalosa.
Bem sabemos que, com a mediatização do futebol, estrategicamente montada pela FIFA, nos último vinte anos, aproveitando a massificação global do acesso ao televisor, os clubes, as federações e as uniões passaram a funcionar numa lógica de mercado, onde o dinheiro começou alucinantemente a circular e a gerar receitas. O futebol ascendeu à categoria de espectáculo, tal como já acontecera na Roma Antiga com a luta dos gladiadores. Não admira, pois, que os grandes clubes assumam um comportamento de verdadeiras multinacionais, onde se concentram enormes poderes financeiros com as suas ramificações perigosas no mundo da política.
Mas, tal como são gigantes nas receitas e nos lucros, os clubes também têm de satisfazer os seus clientes, que, neste caso, se chamam adeptos. E os adeptos espanhóis, principalmente os do Real Madrid são muito exigentes, e não vão perdoar ao seu presidente se ele não conseguir ganhar todas as competições nacionais e internacionais, em que o clube alinhe.
E aqui coloca-se a questão de saber se a personalidade de Cristiano Ronaldo conseguirá aguentar a enorme pressão que vai exercer-se sobre ele.
O seu comportamento recente, quando se viu subitamente milionário e liberto do férreo controlo, que o treinador do Manchester exercia sobre a sua vida profissional e privada, não lhe permitindo devaneios comportamentais, que prejudicassem o seu rendimento desportivo, evidencia uma falta de amadurecimento e de maturidade. Pareceu ser um jovem adolescente que aproveitou uma distracção dos pais.
Alguém já alvitrou que o sucesso de Cristiano Ronaldo no Real Madrid vai depender muito do treinador. Concordo inteiramente. Se ele não corresponder às enormes expectativas que os adeptos depositaram na sua milionária aquisição, Ronaldo depressa se apagará e não passará de um produto tóxico para o Real Madrid, assim como este clube será um produto tóxico para os patrocinadores e para os bancos que, com sólidas garantias, o financiaram, se não ganhar as mais importantes competições nacionais e internacionais.
http://desporto.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1386876&idCanal=4745
No momento em que a Espanha se encontra mergulhada numa crise económica gravíssima, e com uma taxa de desemprego galopante, a estratégia do presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, em assumir a contratação de jogadores mediáticos por valores extravagantes, é obscena e escandalosa.
Bem sabemos que, com a mediatização do futebol, estrategicamente montada pela FIFA, nos último vinte anos, aproveitando a massificação global do acesso ao televisor, os clubes, as federações e as uniões passaram a funcionar numa lógica de mercado, onde o dinheiro começou alucinantemente a circular e a gerar receitas. O futebol ascendeu à categoria de espectáculo, tal como já acontecera na Roma Antiga com a luta dos gladiadores. Não admira, pois, que os grandes clubes assumam um comportamento de verdadeiras multinacionais, onde se concentram enormes poderes financeiros com as suas ramificações perigosas no mundo da política.
Mas, tal como são gigantes nas receitas e nos lucros, os clubes também têm de satisfazer os seus clientes, que, neste caso, se chamam adeptos. E os adeptos espanhóis, principalmente os do Real Madrid são muito exigentes, e não vão perdoar ao seu presidente se ele não conseguir ganhar todas as competições nacionais e internacionais, em que o clube alinhe.
E aqui coloca-se a questão de saber se a personalidade de Cristiano Ronaldo conseguirá aguentar a enorme pressão que vai exercer-se sobre ele.
O seu comportamento recente, quando se viu subitamente milionário e liberto do férreo controlo, que o treinador do Manchester exercia sobre a sua vida profissional e privada, não lhe permitindo devaneios comportamentais, que prejudicassem o seu rendimento desportivo, evidencia uma falta de amadurecimento e de maturidade. Pareceu ser um jovem adolescente que aproveitou uma distracção dos pais.
Alguém já alvitrou que o sucesso de Cristiano Ronaldo no Real Madrid vai depender muito do treinador. Concordo inteiramente. Se ele não corresponder às enormes expectativas que os adeptos depositaram na sua milionária aquisição, Ronaldo depressa se apagará e não passará de um produto tóxico para o Real Madrid, assim como este clube será um produto tóxico para os patrocinadores e para os bancos que, com sólidas garantias, o financiaram, se não ganhar as mais importantes competições nacionais e internacionais.
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