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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Crescei e multiplicai-vos!


Lenda do Padre Costa faz 520 anos
Uma lenda antiga diz que um padre de Trancoso, de seu nome Francisco Costa, que viveu no reinado de D. João II teria tido cerca de três centenas de filhos gerados por mais de meia centena de mulheres muitas das quais suas familiares directas.A "história" do Padre Costa parece ter começado em 1487 quando, por carta régia datada de 31 de Agosto, o monarca português "legitimou Maria Gomes, filha de Diogo Gomes, pároco da igreja de São Pedro ( de Trancoso) e de Maria Eanes, mulher solteira, residente na vila de Trancoso", segundo explica o investigador Santos Costa.Diz o autor que poderá ter sido esta legitimação que deu origem à figura do padre que, pelas suas luxúrias e prazer da carne, teve tal procriação e descendência."Bastava sentir fêmea ao largo, santo Deus, nem sabia o que fazia. A truncatura dom pecado da tentação acometia-o como se fosse picada de tarântula"Submetia então a sua libido à maliciosa prova da carne, independentemente que esta fosse de donzela fresca e insegura ou de seca marafona sabida", refere o autor nas suas "Lendas Trancosanas".A "história" correu mundo, desde simples panfletos à moderna Internet. A tradição afirma que o sacerdote dormiu com 29 afilhadas de que, segundo o respectivo processo, nasceram 97 raparigas e 37 rapazes.Não bastava esta aventura, o padre Costa não poupou as mães das ditas afilhadas e vai daí de nove comadres teve 38 rapazes e 18 meninas. Mas não se ficou por aqui...As irmãs, tão próximas em amizade e sangue familiar, não foram poupadas e delas teve 18 filhas ou melhor "filhas sobrinhas", passando-se depois para as sete amas que o serviam e delas 29 filhos e cinco filhas viram a luz do dia.Revela o historiador Santos Costa que o abnegado sacerdote dispunha no seu presbitério de "duas escravas zagalas e pelotiqueiras" que foram "uma espécie de bombo do bródio" de quem teve 21 filhos e sete filhas.O incansável padre movido pela sua " fé libidinosa" qual cio fustigante ou tentação irresistível, conta no seu repertório, além daquele vasto "rebanho" de fiéis (?) levou para a sua alcofa uma tia chamada Ana Cunha de quem teve três filhos e, diz-se, da própria mãe " em amor pecaminoso" teve dois filhos.Perante tal desbaste, o padre Francisco Costa foi chamado a capítulo aos 62 anos de idade e foi-lhe aplicada pesada sentença:" ...degradado de suas ordens, seria arrastado pelas caudas de dois cavalos; em seguida seria o seu corpo esquartejado e espalhados os pedacinhos pelos diversos distritos, como exemplo", afirmam as "Lendas Trancosanas".Mas o rei D. João II usou a sua clemência e ordenou a sua libertação e perdoou os castigos.Trancoso, apesar de ser uma terra onde se tem notado um crescimento da população, insere-se numa região onde se acentua o despovoamento, o abandono da terra, dos campos e das aldeias, outrora pupulados de gente.Por isso há gente que afirma que a gentalha que o padre Francisco de Trancoso, melhor, o Padre Costa, fez vir ao mundo, faz agora falta nestas paragens do interior.O historiador Santos Costa tem em prelo um livro de sua autoria e edição sobre esta figura lendária trancosana que vai ser lançado em 1 de Outubro.
As Beiras Online

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