A abstenção penalizou profundamente o Partido Socialista e, principalmente, o primeiro-ministro, José Sócrates, que neste momento terá de reflectir se tem condições políticas para governar o país, no delicado momento em que grassa uma grave crise económica.
Muitos dos eleitores tradicionais do PS, descontentes com o rumo da governação, governação caracterizada por um clima de crispação permanente contra tudo e contra todos, e evidenciando uma enorme inoperância em concretizar correctamente as reformas políticas prometidas, preferiram engrossar a clássica abstenção nas eleições europeias ou deslocar o seu voto para o Bloco de Esquerda, que, claramente, foi o grande vencedor destas eleições, a par do PSD.
Ao longo destes últimos quatro anos, o eleitorado percebeu que as reformas introduzidas por José Sócrates apresentavam um cariz economicista, sendo pressionadas pela urgência em reduzir o défice orçamental, em detrimento da procura de modelos mais racionais e de menores custos, e que não sacrificassem a eficiência do funcionamento do Estado, nem a sua prestação de serviços em benefício do cidadão. Na saúde, na educação, na segurança social e na economia, a classe média e as classes mais desfavorecidas foram fortemente penalizadas, e nenhuma propaganda, nem nenhuma demagogia conseguiram iludir essa dura evidência.
Também o caso Freeport fez muita mossa, e os resultados também reflectem o profundo descontentamento dos portugueses perante as tergiversações de José Sócrates e da Justiça. Nenhum governante pode governar sob suspeita, e José Sócrates, neste caso, é suspeito para a maioria dos portugueses, embora ninguém conteste o princípio jurídico da presunção de inocência. E os dirigentes socialistas não perceberam isto, colando-se desesperadamente ao lado de Sócrates e alimentando a tese da “cabala” e da “campanha negra”, comportamento este muito diferente do assumido recentemente pelos dirigentes do Partido Trabalhista do Reino Unido, que já pedem a cabeça do primeiro-ministro Gordon Brown, devido a um escândalo financeiro que, bem vistas as coisas, assume menor gravidade do que a do caso Freeport.
Também foi visível para os portugueses o comportamento do governo do PS na sua reacção à crise económica e financeira, onde claramente privilegiou o capital financeiro, injectando biliões de euros no BPN, que não deveria ter sido nacionalizado, desobrigando assim os accionistas de ter de suportar os custos da má gestão de Oliveira e Costa. E se a opinião pública não estivesse atenta, também iriam ser os contribuintes a pagar dos seus impostos a devolução de 1,2 aos clientes do BPP. E, neste momento, ainda não se sabe se isso não irá acontecer.
Por tudo isto, o PS e José Sócrates mereceram esta clamorosa derrota.
Muitos dos eleitores tradicionais do PS, descontentes com o rumo da governação, governação caracterizada por um clima de crispação permanente contra tudo e contra todos, e evidenciando uma enorme inoperância em concretizar correctamente as reformas políticas prometidas, preferiram engrossar a clássica abstenção nas eleições europeias ou deslocar o seu voto para o Bloco de Esquerda, que, claramente, foi o grande vencedor destas eleições, a par do PSD.
Ao longo destes últimos quatro anos, o eleitorado percebeu que as reformas introduzidas por José Sócrates apresentavam um cariz economicista, sendo pressionadas pela urgência em reduzir o défice orçamental, em detrimento da procura de modelos mais racionais e de menores custos, e que não sacrificassem a eficiência do funcionamento do Estado, nem a sua prestação de serviços em benefício do cidadão. Na saúde, na educação, na segurança social e na economia, a classe média e as classes mais desfavorecidas foram fortemente penalizadas, e nenhuma propaganda, nem nenhuma demagogia conseguiram iludir essa dura evidência.
Também o caso Freeport fez muita mossa, e os resultados também reflectem o profundo descontentamento dos portugueses perante as tergiversações de José Sócrates e da Justiça. Nenhum governante pode governar sob suspeita, e José Sócrates, neste caso, é suspeito para a maioria dos portugueses, embora ninguém conteste o princípio jurídico da presunção de inocência. E os dirigentes socialistas não perceberam isto, colando-se desesperadamente ao lado de Sócrates e alimentando a tese da “cabala” e da “campanha negra”, comportamento este muito diferente do assumido recentemente pelos dirigentes do Partido Trabalhista do Reino Unido, que já pedem a cabeça do primeiro-ministro Gordon Brown, devido a um escândalo financeiro que, bem vistas as coisas, assume menor gravidade do que a do caso Freeport.
Também foi visível para os portugueses o comportamento do governo do PS na sua reacção à crise económica e financeira, onde claramente privilegiou o capital financeiro, injectando biliões de euros no BPN, que não deveria ter sido nacionalizado, desobrigando assim os accionistas de ter de suportar os custos da má gestão de Oliveira e Costa. E se a opinião pública não estivesse atenta, também iriam ser os contribuintes a pagar dos seus impostos a devolução de 1,2 aos clientes do BPP. E, neste momento, ainda não se sabe se isso não irá acontecer.
Por tudo isto, o PS e José Sócrates mereceram esta clamorosa derrota.
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