A Europa andou longe dos discursos dos candidatos ao parlamento europeu. Entretiveram-se a debitar o que o marketing político aconselhava, abordando aspectos secundários, que uma ou outra frase de efeito retórico emoldurava, e que logo a comunicação social amplificava. O discurso foi pobre e frouxo e não conseguiu vencer a apatia dos portugueses em relação a uma realidade longínqua, como é esta, a da política europeia, da qual cada vez desconfiam mais, passada que foi a época da chuva de euros, que fez obra e comprou consciências.
Este alheamento não é exclusivo de Portugal. Em todos os países, verificou-se um distanciamento dos eleitores em relação aos políticos, e que irá reflectir-se nas elevadas abstenções esperadas, aprofundando assim a convicção, cada vez mais generalizada, da falta de democraticidade das instituições europeias e do previsível falhanço de um projecto.
Sobre a crise económica e financeira pouco se falou, ou apenas foi abordada pela rama, assim como ninguém avançou com um plano de medidas estruturais para a ultrapassar. Nem sequer a posição assumida recentemente pela chanceler Ângela Merkel, ao formular a sua crítica e oposição à actual política do Banco Central Europeu (BCE), que assumiu as funções de um autêntico bad bank , ao injectar biliões de euros na compra dos títulos tóxicos aos bancos em dificuldades, comoveu os candidatos ao parlamento europeu. E era importante que esta magna questão tivesse sido discutida, para se separar as águas entre os partidos que defendem a polémica medida de, a todo o custo, salvar os bancos com o dinheiro dos contribuintes, acalentando a esperança de assim ultrapassar a crise e restaurar e reproduzir o mesmo sistema, e aqueles partidos que defendem a mudança de paradigma, com uma outra organização da economia, e que não privilegie o grande capital financeiro internacional, afinal o grande culpado do caos que se instalou no mundo.
Este alheamento não é exclusivo de Portugal. Em todos os países, verificou-se um distanciamento dos eleitores em relação aos políticos, e que irá reflectir-se nas elevadas abstenções esperadas, aprofundando assim a convicção, cada vez mais generalizada, da falta de democraticidade das instituições europeias e do previsível falhanço de um projecto.
Sobre a crise económica e financeira pouco se falou, ou apenas foi abordada pela rama, assim como ninguém avançou com um plano de medidas estruturais para a ultrapassar. Nem sequer a posição assumida recentemente pela chanceler Ângela Merkel, ao formular a sua crítica e oposição à actual política do Banco Central Europeu (BCE), que assumiu as funções de um autêntico bad bank , ao injectar biliões de euros na compra dos títulos tóxicos aos bancos em dificuldades, comoveu os candidatos ao parlamento europeu. E era importante que esta magna questão tivesse sido discutida, para se separar as águas entre os partidos que defendem a polémica medida de, a todo o custo, salvar os bancos com o dinheiro dos contribuintes, acalentando a esperança de assim ultrapassar a crise e restaurar e reproduzir o mesmo sistema, e aqueles partidos que defendem a mudança de paradigma, com uma outra organização da economia, e que não privilegie o grande capital financeiro internacional, afinal o grande culpado do caos que se instalou no mundo.
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