O confronto do islão com o Ocidente
Aquilo que a antiga Roma ligou, o cristianismo e o islão dividiram. O mediterrâneo, que antes fora o caminho seguro do avanço civilizacional, depressa se transformou num campo de batalha. A norte, a civilização europeia, marcada pelo cristianismo, e a sul, o mundo árabe e muçulmano, dois universos e duas concepções de pensamento e de cultura, irreconciliáveis entre si.
Em Poitiers, os árabes – que transportavam o gérmen de uma civilização requintada, muito superior à dos bárbaros, que dominavam a Europa, depois de terem feito em cacos o já decadente império romano, já totalmente cristianizado – tiveram de se contentar com o domínio da Península Ibérica, de onde foram expulsos séculos depois, em consequência das guerras da Reconquista, em cuja estratégia política e militar, aparecia também, muito pronunciadamente, a vertente religiosa, como elemento universal aglutinador. Ungida pelos papas, a Reconquista consolidou o conceito amplo de Cristandade, conceito que iria moldar a vida dos estados e dos povos europeus, até ao advento das sucessivas modernidades, a começar pelas concebidas por Newton, Copérnico e Galileu, na ciência, a de Martinho Lutero, na religião, e às quais se seguiram a dos enciclopedistas, a da revolução francesa e as das duas revoluções industriais. O mundo começou a mudar para melhor. Apesar dos desvios totalitários, apesar dos erros e dos crimes, a Humanidade, pelo menos para alguns, ascendeu a um novo patamar civilizacional, conquistando a liberdade individual e a democracia para os cidadãos e desenvolvendo, em crescente ritmo exponencial, as ciências, as tecnologias e a economia, numa procura desenfreada de mais riqueza material e de novos valores culturais. O colonialismo, que se sobrepôs temporalmente ao advento de todas aquelas expressões da modernidade, foi a poderosa arma de um novo e implacável domínio, que acrescentou, através do saque, novas riquezas às já produzidas, à custa de muito sofrimento infligido aos povos colonizados.
Mas se a Europa conseguiu libertar-se da canga que a Cúria Romana lhe atrelou, durante séculos de obscurantismo, o mundo muçulmano não conseguiu libertar-se do peso e da influência de uma religião que, na maior parte dos países, onde está enraizada, se confunde com o próprio Estado, ou que, pelo menos, lhe modela o poder na base das desajustadas leis corânicas. O islão continua mergulhado no mundo das trevas, da ignorância e da insanidade, impondo aos seus fiéis uma moralidade anacrónica, principalmente às mulheres, e cujo cumprimento é severamente controlado pelo numeroso exército de imãs e de mullahs. Orienta-se dogmaticamente por um livro, que teria sido escrito por inspiração divina, tal como o Velho Testamento dos hebreus, e onde as causas e os efeitos se anulam pela vontade suprema de Alá ou Jeová.
Durante toda a evolução histórica, e perante o domínio colonial, este obscuro islamismo constituiu-se no cimento unificador das sociedades muçulmanas e das sociedades tribais islamizadas. E hoje, já libertas do colonialismo, e perante uma nova modernidade, a da globalização, essas sociedades, fortemente controladas, tentam travar os efeitos desestruturantes das rápidas mudanças operadas no mundo.
E é neste contexto que, tendo por fundo a agressão sionista ao povo palestiniano, os muçulmanos vêem com esperança o ressurgimento do fanático fundamentalismo islâmico, que os salvará da desonra e das humilhações milenares.
Nota: Esta reflexão foi proporcionada pela entrevista de Miguel Portas ao PÚBLICO, a propósito da publicação do livro “Périplo”, de cujos textos é autor, e onde analisa os contrastes políticos, sociais e culturais, entre os dois lados do mediterrâneo.
O vídeo, enviado pelo meu amigo Kitó, evidencia toda a hipocrisia de um imã, quando adverte que, ao bater na mulher, a impunidade divina apenas se mantém se o marido não lhe provocar hemorragias nem nódoas negras.
http://sorisomail.com/email/3268/como-espancar-uma-mulher.html
http://ipsilon.publico.pt/livros/texto.aspx?id=233908
Aquilo que a antiga Roma ligou, o cristianismo e o islão dividiram. O mediterrâneo, que antes fora o caminho seguro do avanço civilizacional, depressa se transformou num campo de batalha. A norte, a civilização europeia, marcada pelo cristianismo, e a sul, o mundo árabe e muçulmano, dois universos e duas concepções de pensamento e de cultura, irreconciliáveis entre si.
Em Poitiers, os árabes – que transportavam o gérmen de uma civilização requintada, muito superior à dos bárbaros, que dominavam a Europa, depois de terem feito em cacos o já decadente império romano, já totalmente cristianizado – tiveram de se contentar com o domínio da Península Ibérica, de onde foram expulsos séculos depois, em consequência das guerras da Reconquista, em cuja estratégia política e militar, aparecia também, muito pronunciadamente, a vertente religiosa, como elemento universal aglutinador. Ungida pelos papas, a Reconquista consolidou o conceito amplo de Cristandade, conceito que iria moldar a vida dos estados e dos povos europeus, até ao advento das sucessivas modernidades, a começar pelas concebidas por Newton, Copérnico e Galileu, na ciência, a de Martinho Lutero, na religião, e às quais se seguiram a dos enciclopedistas, a da revolução francesa e as das duas revoluções industriais. O mundo começou a mudar para melhor. Apesar dos desvios totalitários, apesar dos erros e dos crimes, a Humanidade, pelo menos para alguns, ascendeu a um novo patamar civilizacional, conquistando a liberdade individual e a democracia para os cidadãos e desenvolvendo, em crescente ritmo exponencial, as ciências, as tecnologias e a economia, numa procura desenfreada de mais riqueza material e de novos valores culturais. O colonialismo, que se sobrepôs temporalmente ao advento de todas aquelas expressões da modernidade, foi a poderosa arma de um novo e implacável domínio, que acrescentou, através do saque, novas riquezas às já produzidas, à custa de muito sofrimento infligido aos povos colonizados.
Mas se a Europa conseguiu libertar-se da canga que a Cúria Romana lhe atrelou, durante séculos de obscurantismo, o mundo muçulmano não conseguiu libertar-se do peso e da influência de uma religião que, na maior parte dos países, onde está enraizada, se confunde com o próprio Estado, ou que, pelo menos, lhe modela o poder na base das desajustadas leis corânicas. O islão continua mergulhado no mundo das trevas, da ignorância e da insanidade, impondo aos seus fiéis uma moralidade anacrónica, principalmente às mulheres, e cujo cumprimento é severamente controlado pelo numeroso exército de imãs e de mullahs. Orienta-se dogmaticamente por um livro, que teria sido escrito por inspiração divina, tal como o Velho Testamento dos hebreus, e onde as causas e os efeitos se anulam pela vontade suprema de Alá ou Jeová.
Durante toda a evolução histórica, e perante o domínio colonial, este obscuro islamismo constituiu-se no cimento unificador das sociedades muçulmanas e das sociedades tribais islamizadas. E hoje, já libertas do colonialismo, e perante uma nova modernidade, a da globalização, essas sociedades, fortemente controladas, tentam travar os efeitos desestruturantes das rápidas mudanças operadas no mundo.
E é neste contexto que, tendo por fundo a agressão sionista ao povo palestiniano, os muçulmanos vêem com esperança o ressurgimento do fanático fundamentalismo islâmico, que os salvará da desonra e das humilhações milenares.
Nota: Esta reflexão foi proporcionada pela entrevista de Miguel Portas ao PÚBLICO, a propósito da publicação do livro “Périplo”, de cujos textos é autor, e onde analisa os contrastes políticos, sociais e culturais, entre os dois lados do mediterrâneo.
O vídeo, enviado pelo meu amigo Kitó, evidencia toda a hipocrisia de um imã, quando adverte que, ao bater na mulher, a impunidade divina apenas se mantém se o marido não lhe provocar hemorragias nem nódoas negras.
http://sorisomail.com/email/3268/como-espancar-uma-mulher.html
http://ipsilon.publico.pt/livros/texto.aspx?id=233908
Sem comentários:
Enviar um comentário