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domingo, 7 de abril de 2013

Troika propôs à Grécia em 2011 taxa sobre depósitos - Mundo - Notícias - RTP

Troika propôs à Grécia em 2011 taxa sobre depósitos

Afinal, o Chipre não foi caso isolado. Em 2011, nas negociações com a Grécia, a ‘troika’ quis taxar os depósitos bancários. Porém, na altura tudo não passou de uma sugestão.

A notícia é avançada pelo jornal grego Kathimerini, que explica que a diferença é que a proposta esteve em cima da mesa para salvar dois bancos à beira da falência, mas acabou por ser abandonada graças aos argumentos do governo de Atenas.

(com Sandra Henriques)    ouvir aqui

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A minha ideia, que ontem aqui deixei, sobre a eventualidade de Passos Coelho anunciar hoje um saque nas contas bancárias, para colmatar o rombo no OE 2013, provocado pelo acórdão do Tribunal Constitucional, e que não passa de uma mera previsão, não é assim tão estapafúrdia como muitos pensaram, mas que não disseram, por delicadeza. Como se vê, esta ideia de ir sacar dinheiro às contas bancárias, como aconteceu no Chipre, não é da agora. Na Grécia, não foi aplicada, porque o governo do PASOK grego, socialista de gema, lá conseguiu comover os enviados da troika com o argumento de que não se deveria penalizar os ricos, antes preferindo-se despejar o peso da austeridade sobre as classes médias e as classes mais desfavorecidas (já sei que, alguns, me vão responder com aquele estafado argumento de que Portugal não é a Grécia e que o PS português não é o PASOK grego, ao que eu respondo antecipadamente: não, são piores). 
O argumento de que os bancos portugueses não têm em depósitos, valores suficientes para salvar o governo deste aperto, com a rapidez necessária que o momento exige - segunda feira a dívida sofrerá um abanão aos níveis dos juros, se nada for feito - também não colhe. Neste ponto, embora pela negativa, também não se pode dizer que Portugal não é a Grécia. 
Esta opção apenas não será tomada se Passos Coelho pretender aguentar este governo e querer responsabilizar o TC pelos elevados custos que a sua decisão vai acarretar. Mas, como sempre disse, apenas lancei para o ar uma previsão, que poderá até não se concretizar. Mas, se não for agora, será mais tarde. 
Para concluir: a árvore está doente, e já se sabe que a doença se encontra no tronco. Os dois irmãos, os donos da árvore, só querem arrancar os ramos. Um quer cortá-los da direita para a esquerda e o outro quer cortá-los da esquerda para a direita, e nesta querela, esgotaram-se em acesas e violentas discussões. Entretanto a doença chegou à raiz e a árvore morreu. Depois, perante isto, desataram a culpabilizarem-se um ao outro.

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