E este é o mundo que nos
pertence…
Ao Jorge,
o meu amigo/irmão
Mãos
cheias de nada
e
de vento
uma
lágrima de sangue de uma criança
brilhando
ao sol
ossos
da fome pendurados na esquina
da
esperança
olhares
aflitos a sufocar os gritos
contra
os muros da indiferença
mãos
que falam e se agitam
e
todo o mundo separado
pela
fronteira da cegueira
…
E
este é o mundo que nos pertence
e
que nos deixaram
e
que se perdeu na esfera do tempo
sem
qualquer mudança!...
Alexandre
de Castro
Lisboa,
Abril de 2013