José
Saramago - Nobel do nosso contentamento
Com
o falecimento de José Saramago desapareceu o mais destacado escritor da língua
portuguesa.Com ele a língua ganhou um novo fôlego e a literatura um novo
patamar.
O
prémio Nobel não foi para Saramago o fim de uma tardia e profícua carreira, foi
uma fase na vida de um dos mais fecundos e inovadores escritores de todos os
tempos, que trabalhou com palavras e delas fez as mais belas frases e os mais
gloriosos livros.
De
Camões e Gil Vicente, passando por António Vieira e Aquilino, Saramago
destacou-se numa plêiade de escritores do século XX e mostrou que a liberdade
conquistada com o 25 de Abril trouxe consigo o espírito criativo e a
genialidade.A língua portuguesa deve-lhe a riqueza da sua imaginação e
sabedoria e os portugueses o orgulho de o terem como referência estética e
cultural, esquecidos já da mediocridade de um Governo de Cavaco, em que figuras
menores como Santana Lopes e Sousa Lara, vetaram uma das suas obras
emblemáticas – O Evangelho Segundo Jesus Cristo.
Com
Saramago foi um país Levantado do Chão que aprendeu história e fez a Viagem a
Portugal. O escritor a quem o Vaticano, irritado com o Nobel, chamou inveterado
ateu, foi um exemplo de devoção ao trabalho literário a que dedicou as suas
últimas forças.
José
Saramago ficará para a História como um dos mais notáveis escritores de todos
os tempos e como pensador que refletiu o mundo empenhadamente sem perder a
matriz do livre-pensador.
Portugal
e a literatura ficaram de luto. Ontem, em Bogotá, o País sentiu vergonha do PR
que o ignorou na inauguração da Feira do Livro onde Portugal foi convidado.
Carlos Esperança
Presidente da Direção da
Associação Ateísta Portuguesa
3 comentários:
A mediocridade dos néscios não ofusca a grandeza dos génios. E Saramago foi um génio da palavra, da alegoria e da metáfora. Os que, agora,na sua insignificância e tacanhez, ainda lhe insultam a memória ficarão no lixo da História. Saramago será sempre recordado por todas as gerações vindouras. E a sua universalidade é um facto incontornável.
Saramago chamou a Cavaco «o génio da banalidade».
Era um fabuloso mestre da palavra.
Olá Alexandre!
Estou completamente de acordo com o artigo. O P.R. é um homem de baixo nível, rancoroso e que não dá o braço a torcer. Que triste figura foi lá fazer!!! Saramago está muito acima de toda essa gente medíocre. Ele continua vivo porque deixou obra. O que hoje se pavoneiam por aí...em breve serão esquecidos.
O meu abraço.
M. Emília
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