Dinheiro voando... |
Será
que o governo irá aplicar a receita do Chipre, sacando dinheiro dos depósitos
bancários?
Não
me admirava nada! O rombo de mil e trezentos milhões de euros que o Tribunal
Constitucional provocou no OE de 2013 é difícil de colmatar. O governo
encontra-se encurralado e desprestigiado e não se atreverá a decretar uma
subida dos impostos nem cortar drasticamente na despesa com a Educação e com o
Serviço Nacional de Saúde, já que esgotou os argumentos que lhe restavam para
aumentar o nível de austeridade. A economia já não suporta mais carga fiscal e
amputar o Serviço Nacional de Saúde e o setor da Educação poderia levantar uma
onda incontrolável de protestos e de revoltas. Politicamente, este governo é um
governo falhado!
Mas
terá, forçosamente, de fazer alguma coisa, pois na segunda feira, logo na
abertura das bolsas, os juros da Dívida Pública portuguesa nos mercados
secundários irão disparar para valores insuportáveis, situação que também não
agradará às instituições europeias, pelo efeito de contágio em relação ao valor
do euro que aquela subida poderá despoletar.
Para
o governo, é pois urgente, se a sua opção for a de não se demitir, encontrar
uma medida de rápido efeito, que anule a pressão sobre os juros da dívida. E
essa medida é, e não vejo outra, a de decretar, à semelhança do Chipre, que
abriu um precedente, a de sacar uma certa percentagem sobre os montantes dos
depósitos bancários, superiores a cem mil euros.
Talvez
fosse a pensar neste cenário que o Tribunal Constitucional reservou para sexta
feira à noite, já com as bolsas europeias fechadas, a comunicação da sua
decisão.
É
a minha previsão...
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