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Há magia nesta música. Mexe no sangue. Vem misturada com os cheiros desta amálgama de gentes que a História cruzou no coração da Espanha. Lembro-me sempre de Lorca e da pureza da sua poesia. Do esplendor de Granada e do tom avermelhado das muralhas de Alhambra, dos touros pujantes saídos dos dedos de Picasso e do flamenco, essa dança feiticeira, de beleza e mistério. Lembro-me dessa Espanha, que sempre me seduziu, desde que visitei Salamanca, no fim da minha adolescência. A Espanha de Unamuno e de Ortega y Gasset. A Espanha, enfim, que se aprende a amar uma primeira vez e que nunca mais se esquece.
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