A Suécia foi em 2012 o país europeu que destinou
maior percentagem do orçamento para Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), 15% do total, enquanto Portugal destinou 1,5%, a segunda menor dotação a
nível europeu.
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Portugal já perdeu a primeira fase da
globalização, com o encerramento de várias empresas estrangeiras, que migraram para os
países de Leste, e não beneficiando da fixação de novas indústrias, vindas dos
países mais ricos. Agora, com este baixo nível de investimento na investigação
e no desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação, Portugal
acabará por perder a segunda fase do desenvolvimento daquele gigantesco processo económico e
social, que está a marcar o nosso tempo, tal como a Revolução Industrial,
baseada sucessivamente no carvão, na electricidade e no petróleo, marcou os
últimos três séculos da História.
As Tecnologias de Informação e Comunicação são o futuro da economia e do desenvolvimento, e Portugal começa a ficar atrasado neste domínio. Basta ver quanto é obsoleto e anacrónico o Portal do Cidadão, do Ministério das Finanças, que se constipa constantemente, sempre que os contribuintes espirram.
No passado, se Portugal não tivesse, em devido
tempo (sec. XIX), lançado as bases da sua industrialização, construindo o
caminho de ferro, a ligar todo o território nacional, hoje não poderia estar classificado
como um país desenvolvido, e seria seguramente mais pobre do que realmente é. Não
acompanhar no tempo próprio os processos das grandes mudanças dos paradigmas, é
ser condenado ao subdesenvolvimento. E poderá ser este o destino trágico de Portugal, se não houver coragem para romper com a chantagem internacional a que está a ser sujeito, e que lhe limita a capacidade de promover o desenvolvimento futuro. Com o país a trabalhar para uma dívida sempre a crescer e que nunca poderá ser paga e com a natalidade a diminuir, devido à emigração dos jovens e à crise económica, cujo fim não está à vista, Portugal, a partir da próxima década será um país de sonâmbulos, a vaguear por dentro da miséria.
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