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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Portugal entre os que menos apostam em tecnologias


A Suécia foi em 2012 o país europeu que destinou maior percentagem do orçamento para Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), 15% do total, enquanto Portugal destinou 1,5%, a segunda menor dotação a nível europeu.
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Portugal já perdeu a primeira fase da globalização, com o encerramento de várias empresas estrangeiras, que migraram para os países de Leste, e não beneficiando da fixação de novas indústrias, vindas dos países mais ricos. Agora, com este baixo nível de investimento na investigação e no desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação, Portugal acabará por perder a segunda fase do desenvolvimento daquele gigantesco processo económico e social, que está a marcar o nosso tempo, tal como a Revolução Industrial, baseada sucessivamente no carvão, na electricidade e no petróleo, marcou os últimos três séculos da História.
As Tecnologias de Informação e Comunicação são o futuro da economia e do desenvolvimento, e Portugal começa a ficar atrasado neste domínio. Basta ver quanto é obsoleto e anacrónico o Portal do Cidadão, do Ministério das Finanças, que se constipa constantemente, sempre que os contribuintes espirram. 
No passado, se Portugal não tivesse, em devido tempo (sec. XIX), lançado as bases da sua industrialização, construindo o caminho de ferro, a ligar todo o território nacional, hoje não poderia estar classificado como um país desenvolvido, e seria seguramente mais pobre do que realmente é. Não acompanhar no tempo próprio os processos das grandes mudanças dos paradigmas, é ser condenado ao subdesenvolvimento. E poderá ser este o destino trágico de Portugal, se não houver coragem para romper com a chantagem internacional a que está a ser sujeito, e que lhe limita a  capacidade de promover o desenvolvimento futuro. Com o país a trabalhar para uma dívida sempre a crescer e que nunca poderá ser paga e com a natalidade a diminuir, devido à emigração dos jovens e à crise económica, cujo fim não está à vista, Portugal, a partir da próxima década será um país de sonâmbulos, a vaguear por dentro da miséria. 

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