O Presidente alemão, de visita a Portugal,
elogiou "as reformas bem-sucedidas", considerando-nos um bom exemplo.
Desconhece a realidade portuguesa. Mas quais reformas? Reformas nos cortes das
pensões, nos aumentos dos impostos. Bem-sucedidas?! Mais uma vez, ignora os
factos reais. A situação do País é, na verdade, "impressionante", tal
como ele referiu quanto ao resultado das reformas: falta de crédito nas
empresas, fraca recuperação do investimento, risco de deflação (queda contínua
dos preços), endividamento público e privado, baixos níveis de crescimento para
permitir a sustentabilidade das finanças píblicas. E mais, senhor Gauck, veja
bem a situação impressionante do País: encerramento de empresas, de centros de
saúde, demissões em massa de direções dos hospitais... (...)
Francisco José Casal Pina
***«»***
Na realidade, não ocorreu nenhum Reforma do
Estado, neste período tutelado pela troika. A ação do governo centrou-se na
política dos cortes nos salários, nas pensões e nos subsídios socais, no
aumento dos impostos e no encerramento de serviços públicos (centros de saúde,
tribunais, centros da Segurança Social e Repartições de Finanças).
E para fazer este trabalho, não eram necessários
os ministros. Bastava dar o poder aos porteiros dos ministérios.
O que resta, é um país destroçado, sem
expectativas para o futuro. O desemprego é o preço da austeridade e o espelho
de uma economia em recessão. O que é bom para a Europa é mau para os
portugueses. O Estado deixou de corresponder às necessidades dos cidadãos para
satisfazer as ordens emanadas de Bruxelas e de Berlim. O Governo apenas está a
gerir a massa falida.
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