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sábado, 31 de maio de 2014

Cameron terá ameaçado sair da UE por causa de Juncker


O primeiro-ministro britânico, David Cameron, terá ameaçado indiretamente os seus parceiros europeus com a saída do Reino Unido da União Europeia se o ex-primeiro-ministro luxemburguês Jean-Claude Juncker for presidente da Comissão Europeia, noticia a última edição da revista alemã 'Der Spiegel'.
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Era este tipo de atitude, idêntica à do primeiro-ministro britânico, David Cameron, que o governo de José Sócrates deveria ter tomado, em reação ao assédio feito pelos principais dirigentes europeus, incluindo Jean-Claude Junker, para que Portugal solicitasse um plano de resgate parcial da sua dívida soberana, que, na altura, e intencionalmente, estava a ser sujeita a uma gigantesca manobra, puramente especulativa, que lhe sobrecarregava o valor dos juros.
Bastava o governo português esgrimir a ameaça da saída do euro e, consequentemente, da União Europeia, para provocar um terramoto financeiro na Europa. "Até a Merkel se mijava pelas pernas abaixo", escrevi eu, na altura. Contrariamente, prevaleceu a teoria do bom aluno, aquele bom aluno servil, subserviente e submisso, que, agora, Passos Coelho também assume com elevado esmero e empenho, ao ponto de eu já não saber se ele é o primeiro-ministro de Portugal, ou apenas o encarregado de negócios da Alemanha em Portugal.
Quando um credor percebe que o devedor não lhe pode pagar a dívida, disponibiliza-se a renegociar os juros, o prazo de pagamento e até perdoar parte do montante, já que, para esse credor, vale mais receber algum dinheiro do que não receber nenhum. Mas a corja, comprometida com os interesses do grande capital, fingiu não perceber isto, e como os pesados sacrifícios teriam de ser suportados pelo Zé Povinho, ajoelhou-se, humilhando-nos.

2 comentários:

Ana disse...


Eternamente os submissos....esta corja dá nojo. Mais uma vez este moço de recados, está já a culpabilizar o TC, por ter chumbado já três medidas....um rapazinho....Lá sabem eles negociar alguma coisa. Só sabe é ir ao bolso dos desgraçados.....

Alexandre de Castro disse...

A Grã-Bretanha nunca se mostrou muito interessada pelo projeto europeu, porque percebeu que ele estava a ser desenhado no interesse da Alemanha e da França. Depois de muito assédio, por parte destes dois países, resolveu aderir, mas exigiu muitas contrapartidas amplamente favoráveis, ao ponto de se poder dizer que recebe muito mais do que aquilo com que contribui. Transversalmente aos partidos políticos e à sociedade, existe um movimento eurocético muito forte, que irá apoiar Camaron, se ele retirar a Grã-Bretanha da UE.