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domingo, 1 de dezembro de 2013

Islândia: Um pequeno povo!... Um grande povo!... Não se ajoelhou!...


Islândia corta até 24 mil euros nas hipotecas de famílias com empréstimos

O Governo islandês anunciou sábado ir cortar até 24.000 euros na hipoteca de cada família com empréstimos à habitação, uma promessa da campanha eleitoral apesar das advertências internacionais contra o plano.
O custo da medida está estimado em cerca de 900 milhões de euros e será financiado com impostos sobre os bancos e fundos de gestão de ativos dos bancos que faliram durante a crise financeira de 2008, salientou o Governo.
O Partido Progressista, do primeiro-ministro Sigmundur David Gunnlaugsson, vencedor das eleições de abril, tinha prometido aliviar a dívida das famílias, o que ajudou à conquista de votos na campanha.
O chefe do Governo disse após tomar posse que a medida não iria afetar as contas públicas e sugeriu de imediato que fossem os credores dos bancos islandeses a suportar a despesa.
O anúncio do corte da hipoteca levantou as vozes críticas de várias organizações internacionais como o Fundo Monetário Internacional, mas as autoridades do país estão determinadas em levar o projeto em frente.
Muitas famílias islandesas lutam com dificuldade para pagarem os seus empréstimos indexados à inflação e que pareciam seguros antes da crise de 2008 e que aumentaram acentuadamente depois do colapso da coroa islandesa face a outras moedas.
Atualmente, segundo os dados oficiais, a dívida das famílias corresponde a 108% do Produto Interno Bruto, uma percentagem alta na comparação internacional.
Com esta medida, que começará a ser aplicada em meados de 2014, o Governo pretende aumentar o rendimento disponível às famílias e incentivar a poupança.

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Uma medida corajosa, inteligente e amiga da economia, e que não vai agravar as contas públicas. Corajosa, porque é mais um país a desafiar, e, nesta crise, pela segunda vez, o poder sacralizado do capitalismo financeiro internacional, que começou logo a rosnar, através do seu braço institucional, o FMI. Inteligente e amiga da economia, porque aumenta o rendimento disponível das famílias, o que vai promover o crescimento económico, através da poupança, do consumo e, até, do pequeno investimento. Não vai agravar as contas públicas, porque serão os bancos privados a suportar os respetivos custos, esses mesmos bancos que causaram a crise. 
Decididamente, a Islândia não é uma boa aluna! É uma borbulha de rebeldia! 
O povo islandês não importou os burros mirandeses, a que o jornalista norte-americano fez referência na reportagem do The New York Times, sobre Portugal! 
O povo da Islândia lutou pela sua dignidade, que os seus alarves banqueiros agrediram!... 
O povo islandês não se ajoelhou!... 

Acordai, portugueses!

2 comentários:

Unknown disse...

A Islândia é um país de referência nesta luta pela sobrevivência e pela manutenção da sua dignidade, com soberania, face aos interesses financeiros internacionais que subjugam estados como é o caso do nosso onde, governantes sem escrúpulos, compactuam contra os interesses do seu próprio país. Estamos dobrados sim mas não posso deixar de pensar que ainda vamos dar a volta, não pode ser de outra forma. Um bom 1º de Dezembro, afinal já mostrámos em tempos idos que sabemos recuperar a independência.

Alexandre de Castro disse...

Obrigado, amiga Silvia Fontes, pelo seu lúcido comentário.