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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Opinião: Queremos um país decente - por Paulo Ferreira

Para que a memória não se apague!

“O texto que sustenta a manchete da edição de domingo do "Jornal de Notícias" é o exemplo mais chocante dessa realidade. É difícil imaginar pior. O que a jornalista Inês Schreck escreveu não é um murro no nosso coletivo estômago: é um valente soco nas fundações de um país que abana e ameaça cair. É uma vergonha.
Cito-a: "Há cada vez mais doentes oncológicos em grandes dificuldades económicas. Não têm dinheiro nem para comer, pondo em risco a própria recuperação. Os pedidos de ajuda disparam". Estamos, portanto, a deixar morrer pessoas com cancro que não têm dinheiro para se alimentar, ou para pagar as consultas e os medicamentos de que necessitam.
Cito o presidente do Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa contra o Cancro: "Há famílias inteiras que, de um dia para o outro, ficam na miséria, porque o cancro atingiu o único elemento [do agregado familiar] que trabalhava".
Cito o retrato dramático de uma dessas famílias: o pai está inválido e desempregado, a mãe tem um cancro raro e hereditário em estado avançado e duas filhas menores a seu cargo, sendo que uma delas também é doente oncológica. Todos vivem agarrados a uma pensão que não chega aos 300 euros.
Cito, em conclusão, um país que se entretém  com o "reviralhismo de café". Cito um país que deve envergonhar-se de si próprio. Que não é decente”.
Paulo Ferreira

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Contudo, há muitos portugueses que não se escandalizam nem sentem qualquer tipo de vergonha!
Os nazis queimaram os judeus nos fornos crematórios. Este governo infame condena a uma morte silenciosa e dolorosa idosos pobres, portadores de doenças oncológicas. O crime, em ambos os casos, é da mesma natureza. E não pode ter perdão!... 

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