Para que a memória não se apague! |
“O texto que sustenta a manchete da edição de
domingo do "Jornal de Notícias" é o exemplo mais chocante dessa
realidade. É difícil imaginar pior. O que a jornalista Inês Schreck escreveu
não é um murro no nosso coletivo estômago: é um valente soco nas fundações de
um país que abana e ameaça cair. É uma vergonha.
Cito-a: "Há cada vez mais doentes
oncológicos em grandes dificuldades económicas. Não têm dinheiro nem para
comer, pondo em risco a própria recuperação. Os pedidos de ajuda
disparam". Estamos, portanto, a deixar morrer pessoas com cancro que não
têm dinheiro para se alimentar, ou para pagar as consultas e os medicamentos de
que necessitam.
Cito o presidente do Núcleo Regional do Norte da
Liga Portuguesa contra o Cancro: "Há famílias inteiras que, de um dia para
o outro, ficam na miséria, porque o cancro atingiu o único elemento [do
agregado familiar] que trabalhava".
Cito o retrato dramático de uma dessas famílias:
o pai está inválido e desempregado, a mãe tem um cancro raro e hereditário em
estado avançado e duas filhas menores a seu cargo, sendo que uma delas também é
doente oncológica. Todos vivem agarrados a uma pensão que não chega aos 300
euros.
Cito, em conclusão, um país que se entretém com o "reviralhismo de café". Cito
um país que deve envergonhar-se de si próprio. Que não é decente”.
Paulo
Ferreira
***«»***
Contudo, há muitos portugueses que não se
escandalizam nem sentem qualquer tipo de vergonha!
Os nazis queimaram os judeus nos fornos
crematórios. Este governo infame condena a uma morte silenciosa e dolorosa idosos pobres, portadores
de doenças oncológicas. O crime, em ambos os casos, é da mesma natureza. E não
pode ter perdão!...
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