Oito
milhões gastos pela Parque Escolar deixaram escola de Alverca pior do que
estava
Edifícios
e equipamentos a
degradarem-se, um processo
em tribunal por incumprimento
de
contrato, alertas da Protecção
Civil por falta de segurança.
A ampliação da
Escola Secundária
Gago Coutinho está parada por
"razões orçamentais"
e não tem
data para recomeçar.
A empresa pública Parque Escolar gastou cerca de
oito milhões de euros num projecto de modernização e ampliação da Escola
Secundária Gago Coutinho de Alverca, mas a obra parou em 2011, quando ainda
estava a meio e, desde então, nunca mais recomeçou, deixando o espaço escolar
reduzido a pouco mais de metade.
Alunos e professores nunca tiveram acesso a
parte das novas instalações (já concluídas) e o Ministério da Educação, por
“razões orçamentais”, não prevê qualquer data para retomar os trabalhos –
estimados num total de 14 milhões de euros. O empreiteiro da obra, a firma
Alves Ribeiro, colocou a Parque Escolar em tribunal por incumprimento do
contrato. E uma avaliação da Protecção Civil local já alertou para a falta de
saídas de emergência em dois dos antigos blocos de salas em funcionamento,
porque as que existiam estão tapadas por taipais colocados pela Parque Escolar.
Jorge Talixa
PÚBLICO, 21.12.2013
***«»***
Portugal é isto!... Um país imperfeito, mal
acabado, falhado e permanentemente adiado. E eu não entendo porquê!...
Dizem-me que é do clima.
Dizem-me que é da sua situação periférica, com grandes dificuldades de acessibilidade ao centro da Europa, o que, secularmente, lhe ditou um crónico atraso, no âmbito do livre trânsito das ideias, na aceleração do progresso e também no desencadeamento das revoluções, que, quando
as fez, já estavam ultrapassadas no seu tempo histórico de vida útil.
Dizem-me que é um problema socialmente genético,
que a História foi moldando, numa lenta e silenciosa gestação.
Dizem-me que ainda não nos libertámos totalmente
de uma certa mentalidade feudal, a assomar antigos vínculos entre os senhores e os servos da gleba e que foi incutida subliminarmente pelos sucessivos
herdeiros da bárbara e ignorante aristocracia visigótica e por um astuto e
dominante clero, que continua ativo e vigilante.
Dizem-me que é da alma sebastianista, que anda à solta por aí, alojada no subconsciente de cada português, e que o leva a acreditar no milagre das manhãs de nevoeiro.
Dizem-me que é por os portugueses terem apenas uma altura média de um metro e sessenta e oito centímetros e por gostarem de fado e de pataniscas de bacalhau com arroz de feijão.
Dizem-me que estamos condenados a ser pobres, por nunca termos sabido gerir a riqueza, ao mesmo tempo que, dos ricos, apenas lhes imitávamos os seus vícios e a sua ostentação.
Dizem-me, por fim, que somos ignorantes, corruptos, permissivos e oportunistas, incluindo os letrados, por causa de um défice cognitivo, herdado dos Neandertais.
Eu não sei qual destas razões devo aceitar, se todas elas ou apenas algumas. O que eu sei é que a roda não anda, e que agora até começa a desandar.
AC
Eu não sei qual destas razões devo aceitar, se todas elas ou apenas algumas. O que eu sei é que a roda não anda, e que agora até começa a desandar.
AC
2 comentários:
Eu,filho de pobres trabalhadores do campo e um simples operário emigrante na Holanda onde resido desde 1964 e já velhote (89 anos)digo que acho muito boa esta análise do País por Alexandre Castro.Eu penso que a mentalidade portuguesa também tem resquícios da cultura romana que deviado às orgias e intrigas fàcilmente foi derrotada pelos bárbaros visigodos.Mas êstes depois foram derrotados pelos berberes e árabes que ocuparam durante mais de 3 séculos o território que mais tarde foi Portugal.A raça portuguesa é uma miscelânia apesar de haver ainda alguém que lhe dê o nome de lusitana.
Bem-vindo ao meu mar
Enviar um comentário