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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

FNAM recorda o médico e o cidadão, Albino Aroso, falecido ontem.


O médico Albino Aroso, conhecido
como o "pai"  do planeamento familiar
e eleito um dos 65 clínicos "mais
dedicados a causas  públicas no
campo da saúde", morreu hoje [ontem]
no Porto, segundo fonte do Ministério 
da Saúde. 

Federação Nacional dos Médicos

O Dr. Albino Aroso deixou-nos. Mais sós e com responsabilidades acrescidas.
Perdemos o colega de sorriso franco e disponível, solidário e sempre motivador para novos projectos em prol da saúde de todos e para todos. Perdemos o colega que ousou pensar e tomar partido mesmo quando isso poderia ser incómodo. Tomou partido pelas Carreiras Médicas, pelo SNS, pelo Direito das Mulheres.
Tomou sempre o partido da cidadania e dos valores humanistas mais profundos e assim exerceu Medicina. Com o saber e os afectos.
Portugal perdeu o cidadão, o profissional mas também o político e governante que soube colocar os princípios e valores maiores ao serviço dos seus semelhantes.
Fomos testemunhas e parceiros de alguns episódios relacionados com a sua acção governativa enquanto Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde entre 1987 e 1991. Com ele negociamos com êxito o DL 73/90 que viria a consolidar as Carreiras Médicas enquanto base fundamental para o reforço e
aprofundamento do nosso Serviço Nacional de Saúde, ideia e projecto em que sempre militou. A sua acção nas áreas do Planeamento Familiar e, mais genericamente na Saúde Materno Infantil e Direitos da Mulher, contribuiria como poucas para projectar Portugal para resultados verdadeiramente notáveis realizados nos últimos 30 anos.
Neste momento de consternação a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) mais não pode fazer do que recordar tão extraordinária existência assumindo as suas responsabilidades, enquanto estrutura sindical médica, no prosseguimento dum conceito partilhado que entende o exercício da medicina indissociável do
direito universal do acesso a serviços de saúde de qualidade sem distinção de raça, género, idade ou condição social e económica.
À família do Dr. Albino Aroso endereçamos as nossas condolências sem deixar de realçar o enorme privilégio de com ele termos cruzado e partilhado uma parte inesquecível das nossas histórias.

Porto, 27 de Dezembro de 2013
P’la Federação Nacional dos Médicos

Merlinde Madureira

2 comentários:

O Puma disse...

Não deixemos morrer

os nossos mortos
Abraço

Alexandre de Castro disse...

Não irão morrer,certamente, se nós conseguirmos desfraldar as suas bandeiras e prosseguirmos a sua luta.
Abraço