“Não estamos a pedir alguém para pagar
pelos nossos pecados e pelas nossas
dívidas. O que pedimos é o apoio político
contra aqueles que especulam contra nós
e eliminam a possibilidade de contrair
empréstimos em condições que nos
permitam respirar”.
George Papandreou, primeiro-ministro da Grécia
PÚBLICO
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A apreensão do governo grego, quanto à escolha da oportunidade, por parte dos especuladores, para atacar a moeda europeia, já foi aqui referida no último comentário das Notas do meu rodapé, nos seguintes termos:"Sabe-se agora, que a Grécia, que sempre tem cumprido os seus compromissos, terá de pagar no próximo mês de Abril um empréstimo no montante de 40 mil milhões de euros, que contraiu com um juro de três por cento. O reembolso terá de ser feito através de um novo empréstimo, mas o juro a pagar passará provavelmente para seis por cento. Numa penada, e através da acção concertada com as agências de rating, os bancos credores duplicam a sua rentabilidade, que o povo grego terá de pagar".
Não é nada que, proximamente, não possa acontecer a Portugal. Apesar das medidas de austeridade anunciadas pelo executivo, Anthony Thomas, o analista da Moody, responsável pela análise do risco de crédito do Estado português, afirmou: "o programa não foi capaz de mudar a nossa opinião sobre as finanças públicas portuguesas e o nosso sentimento tem sido o de que Portugal está a passar por uma deterioração gradual das suas perspectivas de crescimento e dos seus indicadores de dívida pública. O Governo apresentou um Programa de Estabilidade e Crescimento ambicioso, mas, baseados nos desempenhos passados, não podemos ter muita confiança que possa ser inteiramente executado".
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