O Banco de Portugal reviu em forte baixa as
suas projecções para o crescimento da economia
portuguesa este ano e em 2011, que desceram
de respectivamente 0,7 por cento para 0,4 por
cento e de 1,4 para 0,8 por cento.
PÚBLICO
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O Banco de Portugal vem mais uma vez desmentir as previsões do governo em relação à evolução da economia em 2010 e 2011, confirmando assim o que aqui foi dito na semana passada. Na realidade, não é realista prever que a economia portuguesa possa crescer ao ritmo considerado pelo governo no seu Programa de Estabilidade e Crescimento, uma vez que o consumo interno e o investimento, dois dos componentes da formação do PIB, irão contrair-se. Na nossa análise, apenas se divergiu, em relação às projecções do Banco de Portugal, no que concerne às exportações, que aquela instituição considera que irão crescer. Não se sabe como, já que as economias dos maiores parceiros comerciais do país (Espanha, França e Alemanha) não apresentam sinais de aumentarem a sua procura externa. E isto para não falar da ameaça de uma nova crise na União Europeia, a ocorrer, segundo muitos economistas, ainda este ano. Procurar equilibrar as finanças públicas num cenário sombrio, como este, vai ser uma autêntica tragédia, que poderá conduzir à ruptura social.
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