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quarta-feira, 3 de março de 2010

Jorge Lacão acusa PSD de precipitar inquérito para promover "ataque pessoal" a Sócrates

O ministro dos Assuntos Parlamentares acusou
hoje o PSD de precipitar uma comissão de inquérito
sobre o negócio da TVI com o “único propósito”
de promover um “ataque directo e pessoal” à figura
do primeiro-ministro.
PÚBLICO
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Regressa em força a tese do "ataque directo e pessoal" a José Sócrates, agora protagonizada por Jorge Lacão e por Francisco Assis, os dois dirigentes do PS a quem vai caber a dificílima tarefa de defender o primeiro ministro, durante os debates da comissão de inquérito. Quer um quer outro tentam desacreditar as intenções da iniciativa, junto da opinião pública, desvirtuando a função fiscalizadora da Assembleia da República, e querendo negar à oposição, maioritária naquele órgão, o direito de obter uma resposta definitiva sobre o eventual envolvimento do primeiro ministro na tentativa de, com a cumplicidade da PT, formar um grupo da comunicação social, politicamente favorável, através da aquisição de uma estação televisiva e de vários jornais de referência.
Como a justiça, ao nível dos seus dois mais altos representantes, obstaculizou a procura da verdade dos factos e como o primeiro ministro se recusou sistematicamente a prestar os devidos esclarecimentos, escudando-se no segredo de justiça e na ilegalidade da divulgação das escutas, não se apresentou aos deputados outra alternativa, que não fosse a de recorrer à figura parlamentar da comissão de inquérito, que, segundo a lei, adquire parcialmente as prerrogativas de um tribunal.
Se José Sócrates está inocente, não se vislumbra a razão de tanto nervosismo por parte do PS, já que a função da comissão é descobrir a verdade. E só quem tem medo de descobrir a verdade, como é o caso de Jorge Lacão e Francisco Assis, é que vem para a praça pública denegrir a nobre função do parlamento e acenar desesperadamente com os espantalhos das cabalas, das campanhas negras e dos ataques pessoais.

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