Os Estados Unidos e a União Europeia violam constantemente os acordos sobre a liberalização do comércio mundial, que defenderam e que impuseram ao resto do mundo, em sede da Organização Mundial do Comércio (OMC). Subrepticiamente, e principalmente ao nível dos produtos agrícolas, onde não são competitivos, devido ao diferencial salarial existente, os EUA e a UE subsidiam irregularmente alguns daqueles produtos, protegendo-os nos seus mercados internos da concorrência externa, com custos mais baixos, e prejudicando os países para os quais a exportação desses mesmos produtos é essencial para as suas economias. Ao mesmo tempo, exigem a todos os países o cumprimento integral dos acordos de liberalização do comércio para as suas exportações.
Muitos países não têm força nem independência suficientes para se oporem a estas posições arrogantes e injustas da UE e dos Estados Unidos, que ainda actuam na cena internacional com os tiques dos tempos do colonialismo e perpetuando os poderes proporcionados pelo neocolonialismo.
O Brasil foi uma honrosa excepção, demonstrando aos yanques que o Brasil não é mais um quintal das traseiras dos Estados Unidos, como ainda são considerados muitos países latino-americanos. À concessão de subsídios aos produtores americanos de algodão, o governo brasileiro respondeu com determinação e dureza, ao decretar a aplicação de elevadas taxas aduaneiras aos principais produtos que importa dos Estados Unidos, o que irá causar à economia americana um prejuízo de cerca de 600 milhões de dólares.
O Brasil, ciente da sua enorme força económica, desferiu um golpe humilhante ao poder imperial dos Estados Unidos, apontando assim a atitude correcta a assumir para quem quer deus para si e o diabo para os outros.
1 comentário:
Ena pá! Sou brasileiro ao ler este post...
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