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A concretizar-se esta conjugação de factores, Portugal arrisca-se a chegar a 2013 sem conseguir aumentar substancialmente as receitas fiscais, único objectivo credível, que poderia ser a base do arranque para o crescimento da economia.
Resta explorar, neste raciocínio esquemático, a janela de oportunidade que o governo de José Sócrates tem perversamente escondida na sua agenda, e que se apoia na desvalorização, por meios indirectos, do valor dos salários reais, recuperando a ideia de promover uma maior competitividade dos produtos portugueses nos mercado externos, através da diminuição dos custos do trabalho, medida esta que reflecte a incapacidade e a incompetência dos dirigentes políticos e também dos empresários, assim como a total inutilidade das políticas económicas seguidas nos últimos anos. Portugal está a pagar o desleixo e a falta de rigor da gestão política e económica dos sucessivos governos do PS e do PSD, a que se soma a preocupante questão da impunidade do fenómeno da corrupção, que, se pudesse ser contabilizado, se traduziria negativamente no PIB, em virtude dos elevados valores financeiros envolvidos.
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