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Esta
viragem sub-reptícia do paradigma ocorreu num curto período de tempo de duas
gerações, sem que as pessoas se tenham dado conta dos perigos embrionários, que
estavam a germinar no miolo do sistema financeiro internacional. Como já aqui
dissemos, está a nascer um novo tipo de colonialismo, que já não exige a
administração direta do território colonizado nem a sua ocupação militar, e a
uma nova forma de escravatura sem a privação da liberdade individual, pois cada
homem continua a ter a liberdade de ser pobre. E este colonialismo e esta
escravatura vão ser implantados através do domínio planetário das grandes
potências financeiras, que também não poupará os trabalhadores dos países mais
ricos.
É
evidente que este não será o fim da História, que na realidade só poderá
acontecer, quando o Homem deixar de existir à face da Terra. Será certamente um
novo princípio de uma nova alvorada, em que o Homem saberá usar a força da
razão para recuperar a dignidade perdida. Até lá, muito sangue irá correr,
muitos homens, mulheres e crianças vão morrer, ceifados pela fome e pela
doença, numa escala nunca vista. Será esse o preço a pagar para que as
sociedades voltem a ser governadas com Justiça, Liberdade, Equidade e
Democracia, que é precisamente o que já está a faltar.
2 comentários:
Na veerdade tudo se conquista
e não basta ter razão
Obrigado, Puma, pelo seu comentário.
A História da Humanidade progrediu através de dois vetores: A Razão e a Força. E a mudança e o progresso só se consumaram, quando em determinado momento e contexto aqueles dois vetores coincidiram na ação. Cada nova revolução conquista a sua verdade, que é diferente das verdades anteriores, que se assumem como mentiras.E, neste processo, tudo tem de ser conquistado.
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