Montenegro
garante que o país “não mais cairá” na “humilhação” de perder a soberania
O
líder do Grupo Parlamentar do PSD, Luís Montenegro, garante que “em Portugal
não haverá medo da missão de preparar o país” para “não mais cair na
humilhação" de perder a soberania”. Isto porque “tivemos de pedir 78 mil
milhões de euros para cumprir as nossas obrigações”.
Ao
participar na sessão de apresentação de Diogo Mateus como candidato à Câmara
Municipal de Pombal, distrito de Leiria, o deputado respondeu às acusações do
secretário-geral do PS, António José Seguro, ao dizer que o governo está a lançar
a “incerteza e o medo sobre os portugueses”.
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Já
perdeu! Portugal já perdeu parte da sua soberania, ao contrário do que diz o
líder do Grupo Parlamentar do PSD, Luís Montenegro. E começou logo a perder
parte dessa soberania, a partir do momento em aderiu à moeda única, em que teve
de transferir para o Banco Central Europeu (BCE) o poder cambial e o poder
monetário sobre a moeda, dois instrumentos reguladores essenciais para utilizar
nas políticas económicas e financeiras nacionais. Ficou apenas com o poder
orçamental, que é absolutamente insuficiente em época de anemia económica e de dificuldades
financeiras. E esse poder, que ainda restava, foi imediatamente perdido, quando
os partidos do arco da traição (PSD, CDS e PS) assinaram o Memorando da Troika (BCE, UE,
FMI). E se essa perda do poder orçamental foi apresentada como medida
transitória, enquanto durasse o tal programa de assistência, inicialmente
referido, eufemisticamente, como um plano de ajuda, ela irá transformar-se em perda
permanente, caso venha a ser adotado o plano da Alemanha, que prevê a submissão
prévia ao visto da Comissão Europeia de
todos os orçamentos de Estado dos países da zona euro, o que irá fragilizar
ainda mais os países do sul da Europa.
Sem
moeda e sem plena independência para elaborar os seus orçamentos de Estado,
Portugal, um país pequeno, será submergido pela onda avassaladora do capitalismo
alemão, que não terá nenhuns escrúpulos em proceder sistematicamente ao seu saque.
Portugal
será para a Europa o que a província de Trás-os-Montes é para a região de
Lisboa.
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