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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Portugal será para a Europa o que a província de Trás-os-Montes é para a região de Lisboa.


Montenegro garante que o país “não mais cairá” na “humilhação” de perder a soberania

O líder do Grupo Parlamentar do PSD, Luís Montenegro, garante que “em Portugal não haverá medo da missão de preparar o país” para “não mais cair na humilhação" de perder a soberania”. Isto porque “tivemos de pedir 78 mil milhões de euros para cumprir as nossas obrigações”.
Ao participar na sessão de apresentação de Diogo Mateus como candidato à Câmara Municipal de Pombal, distrito de Leiria, o deputado respondeu às acusações do secretário-geral do PS, António José Seguro, ao dizer que o governo está a lançar a “incerteza e o medo sobre os portugueses”.
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Já perdeu! Portugal já perdeu parte da sua soberania, ao contrário do que diz o líder do Grupo Parlamentar do PSD, Luís Montenegro. E começou logo a perder parte dessa soberania, a partir do momento em aderiu à moeda única, em que teve de transferir para o Banco Central Europeu (BCE) o poder cambial e o poder monetário sobre a moeda, dois instrumentos reguladores essenciais para utilizar nas políticas económicas e financeiras nacionais. Ficou apenas com o poder orçamental, que é absolutamente insuficiente em época de anemia económica e de dificuldades financeiras. E esse poder, que ainda restava, foi imediatamente perdido, quando os partidos do arco da traição (PSD, CDS e PS) assinaram o Memorando da Troika (BCE, UE, FMI). E se essa perda do poder orçamental foi apresentada como medida transitória, enquanto durasse o tal programa de assistência, inicialmente referido, eufemisticamente, como um plano de ajuda, ela irá transformar-se em perda permanente, caso venha a ser adotado o plano da Alemanha, que prevê a submissão prévia ao  visto da Comissão Europeia de todos os orçamentos de Estado dos países da zona euro, o que irá fragilizar ainda mais os países do sul da Europa.
Sem moeda e sem plena independência para elaborar os seus orçamentos de Estado, Portugal, um país pequeno, será submergido pela onda avassaladora do capitalismo alemão, que não terá nenhuns escrúpulos em proceder sistematicamente ao seu saque.
Portugal será para a Europa o que a província de Trás-os-Montes é para a região de Lisboa.

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