O Alpendre da Lua completa hoje quatro anos de
existência. Tem aproximadamente a idade da crise nacional. Por isso não admira
que esse tema tenha aqui sido abordado frequentemente.
Foi um trabalho árduo e paciente, o de se ter
conseguido construir um blogue generalista, que tem abordado diversos temas, e
de se ter atingido uma audiência média
razoável, que chegou a ultrapassar, no final do ano passado, as seis mil visitas por
mês.
Até hoje, atingiram-se, no total, perto de 150 mil vistas e
mais de 250 mil visualizações de páginas , tendo sido publicados 3.355 posts.
Os leitores começaram por ser os residentes no
território nacional, logo seguidos por leitores do Brasil, cujo número
entretanto diminuiu. Em contrapartida, os leitores dos Estados Unidos,
essencialmente da Califórnia
(portugueses emigrados), aumentaram consideravelmente a sua presença, a
partir de Novembro do ano passado, igualando o número de leitores do território
nacional, e chegando, por vezes, a serem o grupo dominante.
A primeira publicação a surgir no Alpendre da
Lua foi o poema “Alba” de Eugénio de Andrade, que se reproduz mais abaixo.
A todos os leitores envio as minhas calorosas
saudações, ao mesmo tempo que agradeço a sua presença diária neste espaço, bem como a sua compreensão pelos erros cometidos e pelas lacunas existentes.
Alexandre de Castro
ALBA
Como se não houvera
bosque
mais secreto,
como
se as nascentes
fossem
só ardor,
como
se o teu corpo
fora
a vida toda,
o
desejo hesita
em
ser espada ou flor
Eugénio
de Andrade
4 comentários:
Muitos Parabéns pelo Blog - e pelo Aniversário - que se mantenha por muito tempo!
Apenas uma correcção: considerando que houve um tempo em que Portugal não esteve em crise, a crise actual começou em 2003: http://www.publico.pt/politica/noticia/salarios-congelados-para-400-mil-funcionarios-publicos-274857 o ano do primeiro "congelamento" de salários...
Muitos Parabéns ao Alpendre da Lua.
Continue sempre.
Beijinho
Maria
André:
Obrigado pelo esclarecimento oportuno.
É evidente que pretendi referir-me apenas ao tempo mais agudo da crise, aquele que se inicia com a intervenção da troika, ou, recuando a 2008, à crise da bolha imobiliária nos EUA.
Crise, é uma situação quase permanente em Portugal.
Um grande abraço e obrigado por ter marcado a sua presença aqui, onde será sempre bem vindo.
Alexandre de Castro
Obrigado, Maria, pelo estímulo.
Beijinho,
Alexandre
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