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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O ajuste de contas…


Durante os próximo tempos, os portugueses interessados vão assistir ao desenvolvimento de duas narrativas mediáticas, que seguem em paralelo. Uma é o inquérito parlamentar ao caso BES e a outra centrar-se-á no desfecho da primeira parte (despacho de pronúncia) dos processos judiciais sobre eventuais casos de corrupção de altas figuras do Estado, envolvendo a concessão dos passaportes dourados.
Em ambos os casos, as revelações vão ser surpreendentes e, provavelmente, aterradoras e demolidoras, o que leva a prever que não está só em causa a sobrevivência deste indesejado governo, mas também o próprio regime democrático. Pode acontecer que, através das centenas de depoimentos, quer na Assembleia da República, quer no Tribunal Central de Instrução Criminal, a cascata da água cristalina da verdade acabe por galgar a barreira que a sustinha, e o caso dos submarinos da Armada e o do Freeport (e, eventualmente, outros) venham em turbilhão desaguar na praça pública, com novas revelações. Então, talvez se venham a perceber as verdadeiras causas do descalabro pantanoso em que se encontra o país, governado durante quarenta anos pelo PS, PSD e CDS.
A cosmética da demagogia já não engana e muitos portugueses começaram já a exigir o devido ajuste de contas.

5 comentários:

O Puma disse...

Tem toda razão meu amigo

mas não basta ter razão

Alexandre de Castro disse...

Correto amigo Puma. Por isso, há uns tempos, escrevi na coluna da direita desta página, em AS MINHAS "DICAS", o seguinte: "As palavras têm a força da razão, enquanto as espingardas têm a razão da força".
Falta aparecer a Força...
Obrigado,
Abraço,
Alexandre

Ana disse...

As vergonhas neste país não parem. E o que ainda falta saber....realmente, basta...e palavras já não bastam....Não pretendia ver medir forças pelo lado pior...mas parece que não há outra solução.

Alexandre de Castro disse...

É verdade, amiga Ana. Falta saber ainda muita coisa. Se o Ricardo Salgado soltar a língua, vai haver um terramoto.

Alexandre de Castro disse...

Parece que a Justiça, em Portugal, começou a funcionar. A prisão de um ex-primeiro-ministro é um facto inédito na História de Portugal, e, talvez, na História da Europa. Terá começado o ajuste de contas?