Durante os próximo tempos, os portugueses
interessados vão assistir ao desenvolvimento de duas narrativas mediáticas, que
seguem em paralelo. Uma é o inquérito parlamentar ao caso BES e a outra
centrar-se-á no desfecho da primeira parte (despacho de pronúncia) dos processos judiciais sobre
eventuais casos de corrupção de altas figuras do Estado, envolvendo a concessão
dos passaportes dourados.
Em ambos os casos, as revelações vão ser
surpreendentes e, provavelmente, aterradoras e demolidoras, o que leva a prever que não está só em causa a sobrevivência deste indesejado governo, mas
também o próprio regime democrático. Pode acontecer que, através das centenas
de depoimentos, quer na Assembleia da República, quer no Tribunal Central de
Instrução Criminal, a cascata da água cristalina da verdade acabe por galgar a barreira
que a sustinha, e o caso dos submarinos da Armada e o do Freeport (e,
eventualmente, outros) venham em turbilhão desaguar na praça pública, com novas
revelações. Então, talvez se venham a perceber as verdadeiras causas do
descalabro pantanoso em que se encontra o país, governado durante quarenta anos
pelo PS, PSD e CDS.
A cosmética da demagogia já não engana e muitos portugueses começaram já a exigir o devido ajuste de contas.
5 comentários:
Tem toda razão meu amigo
mas não basta ter razão
Correto amigo Puma. Por isso, há uns tempos, escrevi na coluna da direita desta página, em AS MINHAS "DICAS", o seguinte: "As palavras têm a força da razão, enquanto as espingardas têm a razão da força".
Falta aparecer a Força...
Obrigado,
Abraço,
Alexandre
As vergonhas neste país não parem. E o que ainda falta saber....realmente, basta...e palavras já não bastam....Não pretendia ver medir forças pelo lado pior...mas parece que não há outra solução.
É verdade, amiga Ana. Falta saber ainda muita coisa. Se o Ricardo Salgado soltar a língua, vai haver um terramoto.
Parece que a Justiça, em Portugal, começou a funcionar. A prisão de um ex-primeiro-ministro é um facto inédito na História de Portugal, e, talvez, na História da Europa. Terá começado o ajuste de contas?
Enviar um comentário