Por cada
professor que dispensarem, câmaras recebem 13 600 euros
Proposta apresentada aos municípios que vão
integrar projeto-piloto da descentralização do ensino prevê corte de até 5% dos
docentes necessários
Cada professor eliminado vale 13 594,71 euros. É
esta a proposta - equivalente a metade do custo anual do docente pelo índice
salarial 167 - que consta da cláusula 42 da última proposta que o Ministério da
Educação e Ciência enviou há duas semanas aos municípios com os quais está a
negociar um projeto-piloto para a delegação de competências em matérias de
educação, incluindo edifícios, parte dos currículos e recursos humanos.
***«»»»***
Isto é terrorismo administrativo!... Isto é
terrorismo de Estado!... O Ministério da Educação anda a recrutar capangas para
"caçar" professores.
O ódio que o jihadista
neoliberal, Nuno Crato, tem à escola pública e aos professores, e como se os
professores fossem gado para vender e a escola um matadouro, leva-o a cometer a
hedionda barbaridade de lhes estabelecer um preço por cabeça, pelo seu
respetivo abate. Esta ofensa à dignidade dos professores ultrapassa os limites
da decência e do pudor. Nem Salazar subscreveria uma medida deste tipo, tal é a
sua chocante monstruosidade.
Nuno Crato arrisca-se a ficar na História, por
um péssimo motivo: a falta de respeito pela dignidade de quem trabalha,
tratando estes sacrificados profissionais como lixo para despejar num caixote.
Os portugueses não devem tolerar mais esta
arrogância, esta desfaçatez e esta insensibilidade de um ministro paranoico,
que transformou o seu ministério num antro da maldade e da indignidade
institucionalizadas.
Com esta iniciativa obtusa, o governo pretende
desresponsabilizar-se de um dos pilares fundamentais do Estado Social, a
Educação, atirando o ónus dos prejuízos futuros e dos insucessos previstos para
as câmaras municipais, e fraturando assim a unidade da sua gestão, que deixará
de ser uniforme e comum.
Que seria das Forças Armadas, se lhes fossem
aplicadas estas iniciativas descaracterizadoras, disfuncionais e radicalmente
descentralizadoras?!
AC
Sem comentários:
Enviar um comentário