A Comissão Europeia decidiu hoje autorizar o
prolongamento do plano português de apoio ao
sector bancário até 31 de Dezembro de 2010,
por considerar que os regimes de garantias
bancárias e de recapitalização estão “bem
orientados”.
... Bruxelas lembra que já tinha prorrogado,
mediante as mesmas condições, “a autorização
de regimes de garantias bancárias na Suécia,
Alemanha, Áustria, Letónia, Irlanda, Espanha,
Dinamarca, Países Baixos, Eslovénia, Grécia e
Polónia”.
PÚBLICO
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O que a Comissão Europeia está a fazer, com a aprovação das garantias estatais dos vários governos europeus, é a institucionalização da socialização parcial da banca a retalho, em que os únicos beneficiários serão os respectivos accionistas, que nada arriscam neste jogo, onde os peões de brega continuarão a ser os contribuintes. Se estes bancos, num cenário de uma mais que provável depressão da economia europeia, não conseguirem assumir os seus compromissos, perante os seus credores, os grandes bancos por grosso, sediados em Wall Street, na City e nos offshores, será o dinheiro dos contribuintes que avançará mais uma vez.
Com esta comunicação, a Comissão vem reconhecer que a economia europeia está hipotecada ao grande capital financeiro, que não vai deixar-se iludir com as medidas de cosmética ensaiadas pelo Banco Central Europeu para acalmar os mercados. A última referência para as agências de rating baseia-se na capacidade potencial da economia, em desenvolver-se, depois de corrigida a dívida e o défice orçamental. E isto não vai acontecer nos países menos desenvolvidos da Europa, já que a sua economia cresceu através de um processo autofágico, com a maioria das suas trocas comerciais a operarem-se no seu seio, o que beneficiou os países mais ricos, pricipalmente a Alemanha.
Com esta comunicação, a Comissão vem reconhecer que a economia europeia está hipotecada ao grande capital financeiro, que não vai deixar-se iludir com as medidas de cosmética ensaiadas pelo Banco Central Europeu para acalmar os mercados. A última referência para as agências de rating baseia-se na capacidade potencial da economia, em desenvolver-se, depois de corrigida a dívida e o défice orçamental. E isto não vai acontecer nos países menos desenvolvidos da Europa, já que a sua economia cresceu através de um processo autofágico, com a maioria das suas trocas comerciais a operarem-se no seu seio, o que beneficiou os países mais ricos, pricipalmente a Alemanha.
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