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domingo, 18 de julho de 2010

Notas do meu rodapé: A agenda escondida do PSD


Governo deve ter mandato de cinco anos e Presidente de seis
Em entrevista exclusiva ao PÚBLICO, o presidente
do PSD defende períodos mais longos de governação,
mas facilita mudanças de executivo: pelo Presidente
e pelo Parlamento.
PÚBLICO
***
Passos Coelho escolheu a pior forma para assumir mediaticamente em termos de liderança a condução do PSD. Necessitava de uma proposta original e de ruptura, que cortasse qualquer ligação com a liderança anterior e elevasse o calor da discussão na comunicação social. Escolheu a revisão do texto constitucional, como se fosse a Constituição a causa de todos os actuais problemas do país.Mas o que mais inquieta nesta proposta não será a intenção de reordenar o quadro da duração dos mandatos do governo e do Presidente da República, intenção essa que terá muitas poucas hipóteses de singrar, já que a actual moldura mostrou-se até aqui satisfatória. O que é preocupante é a abertura de novas oportunidades para a concretização da agenda escondida do PSD, envolvendo o propósito de alterar o figurino da parte económica da Constituição, das leis do trabalho e a integridade dos modelos actuais da Saúde, da Educação e da Segurança Social.Ao longo da sua história, o PSD sempre defendeu a existência de um Estado mínimo, quase reduzido ao exercício das funções de soberania, e, por várias vezes, propôs a alienação aos privados da gestão de uma parte importante das funções sociais do sector público.

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