Universidades vão receber verbas cortadas em excesso
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Eu também escrevi uma carta ao secretário de
Estado da Segurança Social a pedir-lhe a devolução da verba que "foi
cortada em excesso" na minha pensão de reforma, mas, até à data, ainda não
recebi a devida resposta. Espero que seja respeitado o princípio constitucional
da equidade, que é como quem diz, em linguagem popular, ou comem todos ou não
come ninguém.
É a segunda vez que o conselho de reitores das
Universidades Públicas consegue fazer recuar o governo, na sua intenção de
fazer cortes no ensino universitário. Em 2012, numa reivindicação semelhante
daquele conselho, o ministro da Educação resolveu o problema, transferindo a
verba reclamada do orçamento do ensino secundário para o orçamento do ensino
universitário, o que para mim constituiu uma injustiça e uma leviana
arbitrariedade. Agora, tenho receio de ser eu a ter de pagar, através de um
novo corte na minha pensão de reforma, parte daquela verba.
Eu compreendo a gravidade da situação por que
passam as universidades públicas (tão importantes para o desenvolvimento do
país), quando começam a escassear os meios financeiros para poderem cumprir a
sua nobre missão. É um pilar do nosso Estado Social, que a todo custo devemos
defender da voragem desta política neoliberal, que o pretende destruir. Mas
também sei que aqueles 50 milhões de euros vão evitar o cancelamento de muitas
viagens ao estrangeiro, destinadas à frequência de congressos científicos, que
alguns professores utilizam mais para fazer turismo. Turismo científico, claro.
2 comentários:
Sinceramente....comentar o quê??? Ao que o povo já se habituou???? Pois pode crer que não lhe vão repor o dinheiro...e que o mais certo é sofrer mais cortes...que já toda a gente percebeu....Acho eu.....Que vão ser definitivos....Ganha sempre quem tem influência....Continuemos assim. Vamos longe.....
Ana: O povo, sozinho, pode fazer muito pouco. Mas com uma liderança forte e organizada, até é capaz de remover montanhas. Essa liderança irá aparecer, espero eu.
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