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terça-feira, 15 de abril de 2014

PCP fala em "terrorismo social"


Já o líder parlamentar do PCP condenou os "cortes adicionais" anunciados pelo Governo e o seu "programa de terrorismo social", destacando as consequências severas para o sector da saúde perante a "racionalização" defendida pela ministra das Finanças.
"Todas estas medidas são cortes adicionais, porque o Governo passou os últimos três anos a dizer que era a troika que obrigava e que só existiam durante o período de duração do pacto", disse João Oliveira no Parlamento.
"Aquilo que a ministra das Finanças veio anunciar foi que, afinal de contas, para 2015, além da duração do pacto, haverá mais cortes. Portanto, são cortes adicionais que o Governo toma como opção para insistir neste programa de terrorismo social", continuou o deputado comunista.
A reunião do executivo liderado por Passos Coelho e Paulo Portas serviu para os ministros concluírem as medidas para o ano de 2015 que o Governo tem de entregar aos credores internacionais para encerrarem formalmente a 11.ª avaliação ao programa de assistência económica e financeira.

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Com um calculismo perverso, adotado em função do calendário eleitoral, o governo não anunciou, no seu programa “austeritário”, os brutais cortes nos rendimentos dos funcionários públicos e dos pensionistas, de que tanto se falou. Sub-repticiamente, fez circular pela comunicação social, de modo intencional, que as pensões iriam, já em 2015, ser indexadas a índices económicos e demográficos (o que na prática equivaleria à diminuição do seu valor nominal), com o único propósito de espalhar o medo e semear o pânico entre os visados e, também, ao mesmo tempo, para dar como isco, aos partidos da oposição, pretextos fáceis e argumentos fortes para que estes pudessem descarregar as suas críticas e os seus protestos. Ao anunciar outras medidas, que não as dos cortes nos rendimentos daqueles dois grupos sociais, aliás, umas medidas muito difusas e pouco concretas, incluindo as da área da saúde, o governo pretendeu provocar o efeito da aceitação do mal menor. Trata-se de uma tática já ensaiada em situações anteriores, o que levou parte da opinião pública, a mais informada e esclarecida, a colocar-se na defensiva, perante o anúncio da primeira versão de algumas medidas restritivas, por parte dos membros do governo, que, através de um percurso sinuoso de sucessivas reincidências, já se habituaram ao convívio íntimo com a mentira.
Nos próximos tempos, iremos ser massacrados com a narrativa sedutora da defesa dos interesses dos reformados e dos funcionários públicos, narrativa esta que será esquecida depois das eleições de 25 de Maio. A grande “patada” da besta será desferida logo a seguir.

2 comentários:

Anónimo disse...

pretty nice blog, following :)

O Puma disse...

Vozes ao alto