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domingo, 6 de abril de 2014

Pintura: Quadros de antes do Terramoto de 1755 serão expostos ao público em Lisboa (*)

Paço da Ribeira (atual Terreiro do Paçp)

Hospital Real de Todos-os-Santos (atual Rossio)

Mosteiro dos Jerónimos

Convento de Mafra

Quatro quadros pintados a óleo que representam paisagens antigas da cidade de Lisboa estarão em exposição na Cordoaria Nacional a partir deste sábado. As obras são propriedade do Antiquário AR-PAB constituído por Álvaro Roquette e Pedro de Aguiar-Branco.
As pinturas do século XVIII serão expostas no decorrer da Feira de Arte e Antiguidades de Lisboa, organizada pela Associação Portuguesa de Antiquários, entre os dias 5 e 13 de Abril. Os quadros foram adquiridos no mercado de antiquariado internacional e o conjunto dos quatro está agora disponível para venda. “Estes quadros só podem ver vendidos em conjunto, nasceram juntos e pelo menos nas nossas mãos serão vendidos assim”, explica Álvaro Roquette em comunicado.
Os quadros mostram o Hospital Real de Todos-os-Santos, o Palácio da Ribeira, o Mosteiro dos Jerónimos e o Convento de Mafra. Será a primeira vez que os quatro quadros serão expostos.
Datadas de antes do terramoto de 1755, as obras são uma imagem da paisagem lisboeta antes do abalo que deu origem a grandes alterações na reconstrução da cidade. São pinturas que já contribuíram para o conhecimento de edifícios já desaparecidos bem como para o estudo de hábitos de consumo de obras de arte na segunda metade do século XVIII em Portugal. Têm a dimensão de 50X60cm.
PÚBLICO
(*) As pinturas antigas estão disponíveis para venda, mas só se poderá adquirir o conjunto das quatro.
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O terramoto de 1755, além das mortes provocadas e da destruição do património edificado (não só em Lisboa), destruiu também o espólio de importantes obras de arte, acumuladas em palácios e em igrejas. Ao mesmo tempo, perdeu-se, no meio dos escombros e das chamas, grande parte da documentação existente no Palácio da Ribeira e na anexa Casa da Índia, relativa aos Descobrimentos, ao comércio com o Oriente e com a Flandres e à ciência náutica, e que tanta falta faz, para preencher as brechas e as lacunas da nossa historiografia marítima.

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