Centenas de polícias, de militares da GNR e de guardas prisionais juntaram-se hoje (ontem) às dezenas de milhares de funcionários públicos (180 mil, segundo a organização) que se manifestaram esta tarde (ontem), em Lisboa, contra o “orçamento de agressão” que vai implicar a “perda de direitos dos trabalhadores”.
PÚBLICO
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Não se trata apenas de um "orçamento de agressão". É também o "orçamento da traição", que dá continuidade a uma outra infame traição, cometida pelos subscritores do iníquo memorando da troika, que pôs Portugal de joelhos perante os interesses do capitalismo internacional e constitui uma grave ameaça à sua soberania e à sua coesão social.
Mas a resposta do povo português começa a ganhar uma nova dinâmica, com contornos mobilizadores, e que já é transversal a todo o espectro do mundo do trabalho. À esquizofrenia do governo que sustenta e difunde o mito "empobreça, para depois enriquecer", o povo português começa a responder com determinação e a ganhar consciência de que é necessário lutar e resistir contra um maquiavélico programa de austeridade, que mais não visa do que proceder à transferência dos rendimentos do trabalho para os rendimentos do capital e alienar a riqueza nacional ao capital estrangeiro. O sinistro plano de austeridade corresponde a uma verdadeira declaração de guerra aos trabalhadores portugueses.
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