Compartimentado numa gaveta de betão com janelas viradas para sul, António apenas saía para trabalhar num escritório sem janelas, do outro lado do rio. Quando chegava à noite, ficava acordado até quase ao amanhecer a escrever poesia. Naquela noite de Inverno, apesar de ser ateu, rezou para que um raio o rachasse ao meio e acabasse com aquela agonia.
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3 comentários:
Notícia do que corre...
Ela perguntou:
se a vida me correr mal
dás-me abrigo?
Ele respondeu:
se a vida te correr mal
abrigar-te-ei.
E morreram
na esperança
de que a vida corresse mal.
Maria José Meireles
Neste País de miséria, mais dois sem abrigo!
Anónimo, essa poesia é que está na miséria, não?
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