O autor da obra "Dieta Mediterrânica -- Uma
herança milenar para a humanidade", que é apresentada na quinta-feira, em
Lisboa, defende que este regime alimentar é "mais do que um padrão
alimentar, é um modelo cultural de inestimável valor".
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Um livro a não perder. Pelo perfil académico do
autor e pelas declarações já proferidas, estamos perante uma obra importante,
que aborda de uma forma sistemática a identidade mediterrânica - que nos
envolve - num contexto sociológico, histórico e cultural, a partir da base da
"alimentação", o que é uma originalidade.
Esta mesma identidade mediterrânica já foi
abordada, sob outros prismas, por outros historiadores e sociólogos, que lhe
traçaram o perfil e o longo percurso evolutivo.
Podemos até falar de uma civilização
mediterrânica, que se desenvolveu desde há 36 séculos. Se olharmos para o
passado, reconhecemos que o mar mediterrâneo foi o centro da evolução da
História, uma História exaltante, feita de grandezas e de misérias, que começou
a ser construída, ainda na sua forma incipiente, pelos Fenícios, nos finais do
século XVI A.C. Coube aos Romanos estabelecer a unidade política e administrativa
de toda a bacia do Mare Nostrum,
feito que nunca mais foi conseguido. Mas ficou como herança a cultura dos
povos, com as suas semelhanças e as suas diferenças, e que é urgente e
necessário preservar, sem renunciar à modernidade e às conveniências dos novos
tempos.
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