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domingo, 10 de fevereiro de 2013

Minhas notas: Sobre a (não)existência de Deus...

Quadro negro

Sobre a (não)existência de Deus...

A linha do horizonte é desenhada por cada um de nós, como o limite da nossa própria capacidade para percepcionar o Mundo, a Vida e próprio Homem. A partir daí, sentimos-nos frágeis e perdidos, mergulhados que estamos na mais profunda ignorância. E foi nesse magma primitivo, em que nada fazia sentido com a realidade vivencial, que o Homem inventou Deus, para se conseguir uma certa ordem na sua própria lógica existencial. Desde esse momento, progredindo em todas as frentes, nas das técnicas, nas das ideias, nas da economia e nas do imaginário, a linha do horizonte, avançando, foi desvendando esse espaço negro da ignorância. Mas a ideia de Deus foi ficando na memória das crenças, e, enquanto muitos acreditaram piamente na chegada do dia da revelação, que os oficiais dos cultos estavam sempre a anunciar para o dia seguinte, outros, pelo contrário, mais cépticos, não obedeceram aos sacerdotes e ridicularizaram os profetas, ao mesmo tempo que remeteram esse prometido dia para as calendas gregas.
Alexandre de Castro

Ver em Diário de uns ateus e em Movimento Republicano 5 de Outubro