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Mal Miguel Relvas entrou na sala onde decorria a conferência
"Como vai ser o jornalismo nos próximos 20 anos", promovida pela TVI,
um grupo de estudantes que estava sentado a meio da plateia levantou-se e
começou a entoar palavras de ordem.
O ministro subiu ao palco para falar, mas o coro de protestos não
baixou o tom. Miguel Relvas esperou alguns segundos e tentou dar início à
palestra. Os estudantes intensificaram o protesto, empunhando cartazes do
movimento "Que se lixe a troika! O povo é quem mais ordena",
impedindo que o ministro com a tutela da comunicação social e da juventude
proferisse uma palavra.
O diretor de informação da TVI, José Alberto Carvalho, tentou
apaziguar os ânimos, pedindo aos estudantes que ouvissem o que o ministro tinha
para dizer. Mas não conseguiu.
Foi, então que Rosa Cullell, administradora-delegada da Media
Capital, subiu ao palco com a intenção de acalmar os estudantes. Esforço também
em vão.
Os seguranças do ministro decidiram, então, que era altura de o
ministro deixar o local. Uma missão que se afigurou complicada. E à saída do
anfiteatro do ISCTE procuraram, entre muitos empurrões a quem ali se
encontrava, uma saída.
Diário de Notícias
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Foi humilhante! Não me lembro de nenhum ministro dos governos após o 25 de Abril ter sido enxovalhado em público e impedido de falar, como foi Miguel Relvas, tal é a aversão que a sua permanência no governo está a provocar, transversalmente, em todos os setores da sociedade portuguesa. De nada vale vir dizer que se tratou de um pequeno grupo, não representativo. Existe a consciência plena de aquele grupo manifestou o sentir da maioria dos portugueses, que já consideram a criatura uma perfeita aberração. É, sem dúvida, a caricatura de um governo esquizofrénico e demoniacamente perigoso.
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