João (nome fictício) levantou-se depois de ter relações sexuais com a namorada e pegou nos seis bagos de milho que trazia num estojo de camurça. Colocou-os em forma de triângulo e ajoelhou-se sobre eles a rezar qualquer coisa parecida com o ave-maria. A mortificação corporal, como esta contada ao DN, é dos rituais do Opus Dei mais contestados por algumas fações da Igreja Católica e aquele que mais choca a sociedade.
Ajoelhar-se sobre o milho não é, no entanto, a prática mais comum. E muito menos depois do sexo, até porque os numerários, as numerárias e os agregados são celibatários (ver infografia). As penitências são incentivadas de forma que os membros da obra sofram como Jesus sofreu, sendo o ato entendido como uma dádiva a Deus.
Diário Notícias
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Esta do milho é que me espanta! Agora percebo porque é que o pão de milho está caro. Eu não sei o que levou o fundador da Obra, Josemaría Escrivá de Balaguer, a escolher este cereal, como instrumento de tortura! Teria mais sentido bíblico escolher pregos, já que foi com pregos, segundo os apóstolos dos evangelhos canónicos, que Cristo foi crucificado. Naquela época, o milho até era completamente desconhecido em terras de Israel e no continente europeu, onde só se conhecia o trigo, o centeio e a cevada. O milho foi trazido da América do Sul, para a Europa, pelos espanhóis, no século XVI.
Também o flagelo das nádegas (nalgas, em Trás-os-Montes) levanta muitas suspeitas, além de constituir um perigo, pois se a ponta do arame do cilício se encrava no buraco negro de algum numerário ou numerária, a infeção é certa, devido às bactérias fecais. E para as infeções anais, não há milagres divinos, pelo menos que se saiba.
Eu julgo que Deus, na sua infinita misericórdia, deve fartar-se de rir com tais práticas e rituais, tal como eu me riria, se não soubesse que a Opus Dei é uma organização tenebrosa, ao serviço do poder político e financeiro do Vaticano. Depois de ter ascendido à condição de Estado, uma concessão de Mussolini, a fim de obter, em troca, a neutralidade do Papa, este minúsculo Estado sem povo transformou-se, abusando da boa-fé dos crentes, numa das multinacionais mais poderosas do planeta, a multinacional da Fé, que tem em Fátima, com a sua fábrica dos milagres, uma verdadeira galinha de ovos de ouro. A outra galinha gorda é a Opus Dei, que o papa polaco privilegiou para o governo das finanças de Deus, em detrimento dos jesuítas.
Em Espanha, onde a Obra foi fundada, ela constituiu-se num esteio importante do fascismo franquista e, nos dias de hoje, domina importantes setores da economia, além de ter uma grande influência no aparelho de Estado. Em Portugal, Salazar, que tinha um medo patológico por tudo que fosse organização secreta (já lhe bastava a clandestinidade do Partido Comunista Português), não lhe deu muita margem de manobra. Tolerou-a apenas. Mas agora, ela está aí, em força, para tecer discretamente a teia do seu enorme poder. Depois da UE, do BCE e do FMI, só nos faltava a Opus Dei.
Porra, que é preciso ter azar!
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3017763
Também o flagelo das nádegas (nalgas, em Trás-os-Montes) levanta muitas suspeitas, além de constituir um perigo, pois se a ponta do arame do cilício se encrava no buraco negro de algum numerário ou numerária, a infeção é certa, devido às bactérias fecais. E para as infeções anais, não há milagres divinos, pelo menos que se saiba.
Eu julgo que Deus, na sua infinita misericórdia, deve fartar-se de rir com tais práticas e rituais, tal como eu me riria, se não soubesse que a Opus Dei é uma organização tenebrosa, ao serviço do poder político e financeiro do Vaticano. Depois de ter ascendido à condição de Estado, uma concessão de Mussolini, a fim de obter, em troca, a neutralidade do Papa, este minúsculo Estado sem povo transformou-se, abusando da boa-fé dos crentes, numa das multinacionais mais poderosas do planeta, a multinacional da Fé, que tem em Fátima, com a sua fábrica dos milagres, uma verdadeira galinha de ovos de ouro. A outra galinha gorda é a Opus Dei, que o papa polaco privilegiou para o governo das finanças de Deus, em detrimento dos jesuítas.
Em Espanha, onde a Obra foi fundada, ela constituiu-se num esteio importante do fascismo franquista e, nos dias de hoje, domina importantes setores da economia, além de ter uma grande influência no aparelho de Estado. Em Portugal, Salazar, que tinha um medo patológico por tudo que fosse organização secreta (já lhe bastava a clandestinidade do Partido Comunista Português), não lhe deu muita margem de manobra. Tolerou-a apenas. Mas agora, ela está aí, em força, para tecer discretamente a teia do seu enorme poder. Depois da UE, do BCE e do FMI, só nos faltava a Opus Dei.
Porra, que é preciso ter azar!
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3017763