Nenhures em mim
Desliguei-me do mundo e do espelho
nestes tempos últimos, verão ainda,
para me explorar corpo dentro
os sentimentos e corpo fora,
as sensações fluviais mais transitórias.
Não fiz anotações de campo,
apenas registei em marcas húmidas
riscadas pelas unhas gastas na parede
os dias que me fugiram
na mudez dos dedos estéreis.
A quem quiser ouvir e acreditar, direi
que nessa viagem descobri um tesouro
que ocultei, sovina, à avidez do olhar alheio.
A ninguém hei-de revelar as coordenadas:
perdi a palavra-passe ou a memória.
Desliguei-me do mundo e do espelho
nestes tempos últimos, verão ainda,
para me explorar corpo dentro
os sentimentos e corpo fora,
as sensações fluviais mais transitórias.
Não fiz anotações de campo,
apenas registei em marcas húmidas
riscadas pelas unhas gastas na parede
os dias que me fugiram
na mudez dos dedos estéreis.
A quem quiser ouvir e acreditar, direi
que nessa viagem descobri um tesouro
que ocultei, sovina, à avidez do olhar alheio.
A ninguém hei-de revelar as coordenadas:
perdi a palavra-passe ou a memória.
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Maria Alonso Seisdedos (Sun Iou Miou)
2 comentários:
Escolhe sempre, Alexandre, umas imagens fabulosas para ilustrar os poemas, tanto os seus, como os doutros autores, e nesta oportunidade, devo dizer, a escolha não pôde ser mais acertada: imagem e texto estão em comunhão perfeita.
Mais uma vez, obrigada.
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