Os ministros das Finanças da Zona Euro
escolheram hoje, em Bruxelas, Vítor
Constâncio para ocupar o lugar de
vice-presidente do Banco Central
Europeu (BCE) a partir de 01 de Junho,
segundo fontes comunitárias.
Diário de Notícias
.
Não alinho, por fundado princípio, nas manifestações parolas de regozijo nacionalista, quando um português alcança, sem mérito próprio, alguma projecção internacional. O mesmo não sucede, quando aquele mérito se impõe indiscutivelmente, como foi o caso de Saramago, que recebeu com toda a justiça o Nobel da Literatura.
Vítor Constâncio, para mim, está fora dos eleitos. Poderá ser um bom economista, o que não é difícil nos dias de hoje, mas foi seguramente um medíocre governador do Banco de Portugal, que não soube assegurar a eficaz vigilância do sistema bancário português, permitindo, por desleixo e por omissão, (ou por um qualquer outro motivo inconfessado) as ilegalidades do BPP e do BPN, cujos astronómicos prejuízos vão ser pagos pelos contribuintes.
O Banco Central Europeu, que representa a face mais visível do totalitarismo arrogante do capitalismo europeu, não podia ter escolhido melhor, pois é entre os incompetentes, que se encontram os mais dóceis e os mais obedientes.
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