Páginas

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Cravinho defende inquérito para acabar com dúvidas no caso Face Oculta


Segundo João Cravinho, o plano judicial
está “há três meses numa situação
paradoxal. Dá impressão que cada cavadela,
cada minhoca. Cada vez que se sabe uma
notícia, essa notícia aparece sempre
nebulosa, controversa”. Um clima que
o antigo ministro das Obras Públicas
entende que podia ser clarificado com a
abertura de um inquérito judicial. “É um
procedimento que, em si mesmo, não
me parece ofensivo seja de quem for e
parece-me que há, pelo menos, tantas
dúvidas, tantos problemas, tanta
suspeita que, de facto, o inquérito
serve exactamente para isso”, acrescentou
também na Renascença.
PÚBLICO
.
O cerco à volta do Procurador Geral da República começa a apertar-se. As críticas à sua controversa decisão de não ter procedido à abertura de um inquérito autónomo, tal como a situação juridicamente reclamava, para averiguar os indícios criminais, apontados objectivamente pelos magistrados de Aveiro, está a incomodar muita gente, incluindo dirigentes e militantes do Partido Socialista. Como já dissemos num comentário anterior, Pinto Monteiro começou pelo fim, tirando conclusões precipitadas e pouco consistentes, que só um inquérito poderia proporcionar. Além de desprestigiar a Justiça, aquela comprometida e mal explicada decisão está a provocar a paralisia da acção do governo e do primeiro ministro, este mais preocupado em defender-se do que em governar.

Sem comentários: