"O PGR optou por uma interpretação
muito restritiva do conceito de
'atentado ao Estado de Direito'",
diz Freitas do Amaral.
professor de Direito Administrativo,
professor de Direito Administrativo,
fundador do CDS e ex-ministro de
Estado e dos Negócios Estrangeiros de
José Sócrates considera que o caso Face
Oculta "passou do mundo do Direito
para o mundo da política, pura e
simplesmente, por meio de uma decisão
jurídico-política do PGR".
Freitas do Amaral é ainda taxativo ao
Freitas do Amaral é ainda taxativo ao
afirmar que "a Assembleia da República
tem competência para discutir e apreciar,
politicamente, essa decisão do PGR."
Visão
.
A partir do momento em que os despachos dos magistrados de Aveiro caíram no domínio público, por acção meritória do semanário "Sol" e do Correio da Manhã, sustentámos aqui que a questão passava a ser também uma questão política, já que se levantavam fundadas suspeitas do primeiro ministro estar eventualmente envolvido num processo secreto e ilícito de controlo da comunicação social~, e que envolvia também o afastamento de jornalistas incómodos.
Recentemente, afirmámos que o Procurado Geral da República, com as suas intencionais ambiguidades e as suas sinuosas manobras, matou à nascença qualquer possibilidade de vir a confirmar-se ou a desmentir-se, com provas factuais, as responsabilidades de José Sócrates, sendo indisfarçável a sua conivência com o poder político. A certa altura, afirmámos que, com as suas tergiversações, Pinto Monteiro arriscava-se a tirar o protagonismo ao primeiro ministro, ao tornar-se parte do problema. Se José Sócrates já não tem condições políticas para ser primeiro ministro, embora o Partido Socialista mantenha toda a legitimidade de apresentar outro governo de legislatura, também Pinto Monteiro perdeu as condições de dirigir o Ministério Público.
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