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sábado, 1 de agosto de 2009

Oftalmologia: Foi preciso ir a Cuba!...

O que Sócrates está a querer dizer, é que, com ele, as listas de espera vão acabar!...
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Foi preciso ir a Cuba!...

O recurso aos serviços de saúde de Cuba, que, com toda a oportunidade, alguns municípios do país exploraram para resolver a inqualificável situação de desespero em que se encontravam muitos dos seus idosos, a necessitar de uma urgente intervenção cirúrgica às cataratas, é uma vergonha para o governo, para o Serviço Nacional de Saúde e para a oftalmologia portuguesa. O país, que tem sido tão vilipendiado por ser governado por um Partido Comunista, demonstrou ter capacidade para dar uma assistência médica de qualidade ao seu povo e ainda lhe sobrarem recursos para ajudar um país da União Europeia, em que uma classe política, corrompida e inútil, e um empresariado, sem capacidade empreendedora e sem visão, e que apenas sabe sobreviver na base do proteccionismo do Estado e da prática dos baixos salários, não conseguiram construir um país, onde não ocorressem injustiças vergonhosas deste tipo.
Um país que tem listas de espera de cinco anos, como acontecia com as intervenções às cataratas, que não consegue dar resposta aos milhares de portugueses que ainda não têm Médico de Família, não merece ser classificado de país civilizado e desenvolvido. Também não merece o TGV nem um novo aeroporto.
Por sua vez, este governo desistiu de avançar com a reformulação dos serviços de oftalmologia, cedendo à enorme pressão dos profissionais desta especialidade, que tanto mais ganham nas suas actividades privadas, quanto menor for a resposta do serviço público.
As autarquias, que avançaram com este audacioso plano de levarem os seus doentes a Cuba, deram uma grande bofetada aos enfatuados governos, ora os do PS, ora os do PSD, que não se cansam de reclamar para si inúmeros êxitos políticos e de alardear uma eficácia invulgar na sua governação.
O verniz estalou com a exposição mediática deste caso, mas o mais estranho é que ele continua a estar ausente do discurso político dos partidos. Porque será?

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