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terça-feira, 4 de agosto de 2009

A crise não entrou nos bancos... Eles até ganharam com a crise



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Não se compreende, lá muito bem, como é que os bancos portugueses continuam a ter lucros astronómicos. Apesar da crise financeira internacional e da contracção do crédito às empresas e às famílias, que eles próprios estimularam, os cinco maiores bancos a operar no país aumentaram significativamente os seus lucros, neste primeiro semestre, em relação ao período homólogo do ano anterior.

A não ser que estejamos na situação de ter entre nós os melhores banqueiros do mundo, somos obrigados a interrogarmo-nos de onde é que vem tanto dinheiro. Por mim, julgo que são os clientes, sobre os quais recaiem custos escandalosos, e o Estado, que teima em manter a banca numa situação de privilégio, em sede de IRC, que sustentam este enriquecimento obsceno.

O Partido Comunista Português já se pronunciou sobre a sua intenção de propor as necessárias alterações legislativas que promovam o nivelamento dos impostos da banca pelos os das outras empresas não financeiras, e lançou o desafio ao Partido Socialista, sem qualquer êxito, aliás, para que se pronunciasse sobre esta importante matéria. Dos outros partidos, chega-nos um silêncio ensurdecedor e preocupante.

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