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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Isaltino de Morais: Ainda vai correr muita água, debaixo das pontes...

Isaltino na prisão
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Conhecida a condenação de Isaltino de Morais, a mais pesada entre as aplicadas a todos os autarcas condenados, a dicussão pública passou a abordar o tema se ele irá conseguir ganhar novamente as eleições aurárquicas e manter-se na presidência da câmara de Oeiras por mais quatro anos, contrariando, assim, a decisão judicial, que lhe determinou na sentença a perda do mandato.
Como recorreu superiormente, Isaltino de Morais aguardará em liberdade a decisão da(s) instância(s) judicial(ais) superior(es) e nada o poderá impedir de se candidatar. Se ele ganhar as eleições, irá certamente estabelecer-se um duelo com o poder judicial, e a discussão irá centrar-se na definição das procedências entre o "voto" judicial e o voto popular.
Mas, agora, o que realmente estimula a curiosidade dos portugueses, é tentar adivinhar o comportamento do eleitorado, e se ele irá dar a mesma resposta de há quatro anos, colocando novamente Isaltino de Morais na presidência da câmara. Os politólogos estão muito reservados e divididos nesta matéria, e não se atrevem a fazer um prognóstico. Uns afirmam que existe uma diferença entre ser arguido ou estar já condenado, o que os leva a admitir a derrota de Isaltino, enquanto outros se inclinam para a sua vitória, alicerçando-se naquela presunção de que o eleitor acaba sempre por se solidarizar com a parte mais fraca.
Se me permitem, e no caso de se repetir a farsa de há quatro anos, eu proponho à República a concessão da independência a Oeiras, que se transformará num principado, tal como o do Mónaco, sendo governado vitaliciamente pelo príncipe Isaltino de Morais.
* Imagem publicada no Politicopata

1 comentário:

Graza disse...

Aquele povo nem percebe que vive num dos concelhos mais novos e mais ricos da àrea metropolitana de Lisboa e que não é o "charutaças" que está a fazer a obra, mas a capacidade financeira do municipio. É provável que votem outra vez, não me espantava.