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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

O negócio do ouro do Banco de Portugal




O negócio do ouro do Banco de Portugal

Na página do PORTUGAL GLORIOSO, Sérgio Passos denuncia que, entre 25 de Abril de 1974 e a actualidade, e por uma quantia de cerca de 17 mil milhões de euros, foram vendidas, ao desbarato, 483 toneladas de ouro do Banco de Portugal, tendo sido Vítor Constâncio, enquanto Governador, o campeão dessas vendas, pois só à sua conta, e numa altura em que a cotação do ouro estava baixa, vendeu, até 2009, 224,2 toneladas desse metal, que nos dias de hoje valeriam mais 8.000 milhões de euros, do que valiam em 2009. Tratou-se de um verdadeiro regabofe, com graves repercussões na economia e nas finanças do país, e que levanta algumas apreensões sobre a transparência destas operações, já que, na altura em que Vítor Constâncio intensificou essas vendas, vivia-se sob o consulado de José Sócrates, caracterizado por uma série de escândalos financeiros, que agora estão a ser investigados, pela Justiça.

Eu não sei se, na leviana operação da venda de ouro do Banco de Portugal, houve ou não irregularidades e uma hipotética e intencional má gestão. O que sei é que Vítor Constâncio, alto dirigente do Partido Socialista, acabou por ir ocupar um importante lugar no BCE. Também sei que as nomeações para os cargos europeus não acontecem por mero acaso, e, por vezes, nem por mérito próprio, pois o mais importante é a fidelidade canina aos valores que norteiam a filosofia política e ideológica da União Europeia e à sua praxis, quer a oficial, quer a oculta. E não podemos esquecer que os fretes e os favores também são importantes na contabilidade do sucesso.

Já se sabe que a Alemanha, a principal impulsionadora da moeda única, porque convinha à sua estratégia imperialista, tinha a plena consciência que a vaca sagrada iria, um dia, deixar de dar leite, tal era, em grandeza, a captação dos recursos operada nos países do sul da Europa, através do aprofundamento do mecanismo da troca desigual e do esquema de dar subsídios, com o dinheiro de todos os países membros, aos novos aderentes, para que estes alimentassem a indústria da Alemanha, comprando-lhe os respectivos produtos. Só para dar um exemplo: todo o alcatrão das auto estradas portugueses veio da Alemanha, assim como vieram as máquinas para as construir. E é isto que explica que sessenta e cinco por cento das exportações da Alemanha tenham por destino o espaço europeu, o que, em consequência, levou à queda da quota de mercado das importações, oriundas dos EUA. Perante isto, compreende-se a irritação do senhor Trump que quer baixar a “grimpa” à senhora Merkel e picar aos bocadinhos a UE e, possivelmente, também o euro, a moeda da nossa maldição e perdição.

Esta política predadora conduziu à acumulação de vários desequilíbrios, nos países mais vulneráveis. Os experts e os governantes alemães, assim como os congéneres da França, que actuaram em comandita neste saque, e do qual conseguiram afastar a Grã-Bretanha, sabiam que a grande crise da Europa, devido às contradições matriciais desta política, iria provavelmente conduzir à sua desagregação e ao afundamento do euro. Daí, que tivessem diligenciado, por antecipação, uma alternativa à desvalorização que o euro poderia vir a ter. A melhor maneira de atingir este objectivo consistia em organizar compras maciças de ouro. E foi isto o que fizeram. Logo que rebentou a crise, começaram a aparecer, por todo o país, lojas recolectoras de peças de ouro, que os portugueses (e isto também aconteceu em Espanha, na Itália e na Grécia) começaram a vender.

Todo esse ouro foi fundido e transformado em barras, que seguiram principalmente para a Alemanha, onde foram fazer companhia ao ouro do Banco de Portugal, vendido anteriormente por Vítor Constâncio, quando a sua cotação no mercado era baixa (e isto é que é indesculpável).

Claro que esta venda maciça de ouro do Banco de Portugal, que nunca deveria ter sido efectuada, fragilizou o país, que ficou sem defesas para enfrentar a crise financeira, que veio a seguir. E nestes grandes negócios públicos, quando o Estado perde, há sempre alguém que sai beneficiado.

Alexandre de Castro
2017 02 25

O Muro do Sr, Trump...


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

danse_des_heures_Liceu.avi

danse des heures Liceu.avi
Amabilidade do Jorge Magalhães Ribeiro

Os bailarinos Maria Letizia Giuliani (Scuola dell'infanzia de Roma) e Ángel Corella (espanhol, Diretor Artístico e dançarino principal do Balé Barcelona) dão um show de magnetismo, pureza e sincronismo. Estes, sem dúvida, são os dois maiores bailarinos da actualidade!

***
O Ballet, a dança que nasceu nas cortes renascentistas italianas do século XV, e que incorporou, na sua evolução conceptual e estética, os movimentos do romantismo, do expressionismo e do neoclassicismo, até chegar, na actualidade, aos padrões da dança moderna, é a arte da geometria do corpo, a viver da tensão de cada músculo, da expressão plástica de cada gesto, do rigor e do vórtice do movimento e da harmonia das sinuosas linhas desenhadas no espaço, numa sublimação que nos leva à perfeição dos deuses do Olimpo.
É a arte da exaltação do Belo, que me aparece sempre na forma corpórea de um poema, onde palavra se anula para que outras dimensões se afirmem na sua grandeza.
Alexandre de Castro
2013 01 25

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Cavaco, o merceeiro-mor

Cavaco com os seus pares no jogo da caça ao tesouro

Cavaco, o merceeiro-mor

É recorrente nos discursos do barão de Boliqueime a seguinte frase: "Eu sempre disse" ou a sua variante, "Eu sempre tenho dito", o que é uma introdução à sua intenção expressa de querer exibir um pretensioso auto convencimento, que ele faz passar por infalível, para que, a nível público, lhe seja reconhecida uma grande capacidade de acertar em todas as previsões, feitas no passado, mas das quais já ninguém se lembra, se é que elas foram realmente proferidas, o que eu duvido. Com este artifício, ele pretende impor a imagem do político de visões largas e profundas, que apenas estão ao alcance dos génios.
Cavaco é intelectualmente pobre. É o homem que não passou dos limites mínimos dos conhecimentos obtidos na sebenta e na cartilha. Falta no seu currículo a cadeira de Filosofia, que tem a grande virtude de "ensinar a pensar" em profundidade e numa perspectiva dialéctica. Falta "alma" ao seu pensamento. E, acima de tudo, falta-lhe a modéstia, que o obrigaria a reconhecer a sua inutilidade intelectual. Por isso, para não ser afrontado com esta sua indigência, apenas se fez rodear por políticos merceeiros, avessos ao saber e mais vocacionados para os negócios, e que o bajulavam, como se ele fosse um rei, mas que souberam aproveitar-se das benesses do poder, principalmente aquelas mais escandalosamente ilícitas.
Alexandre de Castro
2017 02 18

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

CENA FINAL DE ZORBA O GREGO 1964 (Legendado)


É através da bebedeira e da loucura dos sonhos, que se constrói a magia da vida, tal como o filme "Zorba, o Grego" a deixou marcada na sétima arte.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Assassinato do embaixador da Rússia na Turquia, por um fanático polícia turco...


O fotógrafo estava lá... E, na precisão do instante, captou o drama de quem morre assassinado e a euforia alucinada e esquizofrénica de quem mata por cegueira...

[Esta fotografia, de Mevlüt Mert Altintas, foi a vencedora do World Press Photo 2017]

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Um caso exemplar em que o establishment ataca Trump sem fundamento

Melania Trump visitaram jardim japonês  |  REUTERS/JOE SKIPPER/DN

Um caso exemplar em que o establishment
ataca Trump sem fundamento

Não há dúvida nenhuma que o clássico establishment dos EUA e de todo o mundo ocidental está apostado em mover uma feroz campanha para descredibilizar Donald Trump, que parece querer virar os EUA às avessas, não se sabendo ainda se é para o bem ou para o mal. E, com a ajuda de uma imprensa pressurosa e servil, escolhe todos os pretextos, que consegue apanhar, para concretizar os seus intentos. O caso, amplamente noticiado, de um suposto exagero do aparelho de segurança, que está a guardar o edifício, em Nova Iorque, onde a esposa do presidente, por razões familiares, continua a residir, é um exemplo claro da desonestidade do processo, pois joga com o desconhecimento da maioria das pessoas, em relação ao modus operandi da segurança das figuras públicas.
Neste caso, não é o presidente que determina a forma como se organiza a segurança, a si próprio e às pessoas da sua família nuclear. Essa difícil tarefa pertence por inteiro ao respectivo responsável máximo do departamento da segurança da Casa Branca, que, a cada momento, planeia, organiza e põe em execução esquemas de segurança, em função grau de perigosidade. E como é ele o responsável, não arrisca facilitismos, principalmente, perante a enorme crispação que se está a viver nos EUA, em relação a Trump.
Estamos, pois, perante uma ofensiva desabrida, que não hesita em recorrer a processos ínvios de desinformação e de intoxicação mediática. Uma coisa é não gostar de Trump. Outra coisa é atacá-lo, sem fundamento, o que é o caso, aqui referido.

DECLARAÇÃO DE INTERESSES: Não apoio Trump, mas também não apoiei nenhum dos presidentes recentes dos EUA. Todos eles recorreram a guerras, desencadeadas directamente ou, indirectamente, encomendadas a terceiros.
Alexandre de Castro

Foi há 52 anos que mataram o General que ousou desafiar Salazar


Foi há 52 anos que mataram o General que ousou desafiar Salazar

Vivi com muita intensidade esses negros tempos. Seis anos antes do seu assassinato, em 1958, em plena campanha eleitoral para a Presidência da República, estive presente, quando ele passou por Lamego, a caminho de Viseu, onde ia fazer uma sessão de propaganda. Também eu dei o brado "Viva Humberto Delgado", juntamente com uma centena de pessoas, que acorreram ao Rossio, para o saudar.
Foi o meu baptismo na política. Tinha apenas 14 anos.
Alexandre de Castro
2017 02 13

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS _ COMUNICADO


FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS

A nova legislação sobre gestão hospitalar é a negação de uma reforma e a aposta no aprofundamento dos esquemas clientelares

O DL nº 18/2017, publicado a 10/2/2017, estabelece um novo quadro legal da gestão hospitalar aplicado a todas as entidades que se encontram neste nível de prestação de cuidados de saúde.

Desde logo, importa denunciar a gravidade do comportamento político do Ministério da Saúde ao enveredar por uma atitude de afrontamento e de violação ostensiva dos direitos legais e constitucionais das organizações sindicais, não submetendo à negociação este diploma quando o seu conteúdo possui matérias que a isso obrigavam.

Apesar do clima geral de conflitualidade verificado com as práticas e as medidas gravosas do ministério da saúde do governo anterior, nunca tal situação de violação do próprio princípio da negociação sindical se verificou.

A FNAM irá desencadear todas as iniciativas legais para solicitar a declaração de ilegalidade deste diploma.

Quanto ao conteúdo do decreto-lei, e independentemente da avaliação jurídica que está a ser desenvolvida para posterior divulgação, entendemos indispensável transmitir, desde já, a seguinte apreciação geral:

1 – Este diploma constitui uma oportunidade perdida de estabelecer as bases de um entendimento alargado no sector para desencadear uma indispensável e urgente reforma hospitalar em estreita articulação com a reforma dos cuidados de saúde primários e outros sectores de prestação de cuidados de saúde.

O Ministério da Saúde ao enveredar por uma prática autocrática e por uma acção política de aberta hostilização das organizações sindicais de todo o sector da saúde criou obstáculos de difícil superação para encontrar soluções que são urgentes para o sector hospitalar e para a sustentabilidade do próprio SNS

O conteúdo do decreto-lei é uma mera reedição da generalidade da legislação anteriormente em vigor, compilando anteriores diplomas e agravando em múltiplos aspectos uma concepção de gestão militarizada das unidades hospitalares.

Por outro lado, verificamos que até a designação de uma estrutura intermédia de gestão a criar, o CRI, revela uma profunda ignorância dos autores do articulado, ou seja, ao designarem essa estrutura como “centro de responsabilidade integrada”, quando a designação correcta é centros de responsabilidade integrados, tendo em conta que não é a responsabilidade que é integrada, mas são os centros que são integrados porque têm como uma das principais missões integrar serviços e funções.

Importa lembrar, que em 1999 foi publicado o DL nº 374/99, onde foram criados, pela primeira vez, os CRI, como uma forma de agregação funcional e de uma mais adequada departamentação de serviços.

Esse decreto-lei foi negociado com a então ministra da saúde Drª Maria de Belém ao mesmo tempo que o diploma das USF, estabelecendo como forma inovadora uma política de incentivos em função da concretização de objectivos contratualizados, sendo mais tarde revogado pelo ex-ministro Luís Filipe Pereira.

2 – Dentro da compilação da legislação anterior, este novo diploma abrange todas as unidades hospitalares, centros hospitalares, unidades locais de saúde (ULS) e inclusivé as PPP.

É elucidativo que defina como um dos instrumentos do financiamento das unidades hospitalares o modelo de “capitação ajustada pelo risco”, modelo este importado das H.M.O. americanas e que tanta polémica tem suscitado.

O artº 9º estabelece a recriação dos CRI, mas não faz qualquer referência à departamentação, nem a uma política de incentivos salariais.

Simultaneamente, estabelece no artº 10º a aplicação obrigatória da “exclusividade de funções” que é um regime de trabalho que já não existe a nível da Carreira Médica para novos contratos desde 2009.

No entanto, esta aplicação obrigatória da exclusividade de funções possui logo a seguir uma redacção directamente destinada aos “amigos” clientelares ou referir que “salvo em situações excepcionais autorizadas pelo conselho de administração”.

Muito claro nos seus propósitos!

3 – Refere a existência de estruturas como os “Centros Académicos Clínicos” e da “Comissão Nacional para os Centros de Referência” cujo  papel não é perceptível nesse articulado.

4 – Quanto aos processos de recrutamento refere que se devem caracterizar pela “igualdade de oportunidades, imparcialidade, boa-fé, não discriminação e imparcialidade” para logo a seguir acrescentar “excepto em  casos de manifesta urgência devidamente fundamentada” (artº 28º).

Mais uma vez uma excepção para passar a ser a regra?

5 – Cria uma nova disposição ao estabelecer que os directores de departamento e de serviço têm de estar inscritos nos colégios da especialidade da Ordem dos Médicos (artº 28º).

E quanto à nomeação dos directores de serviço “ devem ser objecto de aviso público, de modo a permitir a manifestação de interesse individual” (artº 28º).

Ou seja, ao contrário dos apregoados propósitos de implementar concursos públicos para o preenchimento dos cargos, é definida uma curiosa modalidade de “aviso público” como se isso fosse impedimento para a manutenção das nomeações político-partidárias.

E como se a tal manifestação de interesse individual tivesse algum efeito prático, mais parecendo uma nota de humor.

6 – No Anexo II, no respectivo artº 6º, está prevista a limitação dos cargos dos órgãos de gestão a dois mandatos, o que sendo uma inovação não aparece inserida em nenhum contexto de reformulação organizacional e de descentralização do processo de decisão.

Nas competências do conselho de administração surge a disposição de “definir as políticas referentes a recursos humanos, incluindo as remunerações dos trabalhadores” (artº 7º).

Deixará de haver negociações salariais e de contratação colectiva ficando as remunerações dependentes das administrações de cada unidade hospitalar?

7 – Os directores clínicos poderão acumular com a actividade assistencial remunerada mediante autorização do ministro (artº 13º).

Depois da experiência de largos anos com esta promiscuidade de actividades, este diploma volta a instituir a mesma disposição.

Para os profissionais a inserir em CRI é obrigatória a chamada “exclusividade de funções” e para os nomeados políticos nas administrações e direcções clínicas já é possível acumular com actividade privada.

E no Anexo III, artº 6º, relativo às ULS até podem ser nomeados dois directores-clínicos dentro do mesmo conselho de administração.

8 – A FNAM desenvolverá todos os seus esforços na contestação a este diploma e à forma como foi publicado em clara violação do direito constitucional à negociação sindical.

Estamos perante uma grave situação de degradação dos serviços públicos de saúde e do SNS, que urge pôr cobro!!!

Lisboa, 13/2/2017

A Comissão Executiva da FNAM

Agradecimento...


Agradeço ao António Bargado a amabilidade de ter aderido ao Alpendre da Lua.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Portugal já está a arder…


Imagem da cnoticias.net

Donald Trump reivindica Ilha Terceira por usucapião

No embarque para a sua deslocação a Los Angeles, o Presidente dos EUA declarou que tudo fará para tomar posse da Base das Lajes e da ilha onde está inserida, apesar de esta ser considerada território português. Invocando o acordo firmado na construção da base aérea com o Coronel Eduardo Gomes da Silva e os tratados assinados durante a 2ª Guerra Mundial entre Óscar Carmona e Franklin D. Roosevelt, Trump declarou à CNN que “…todo o investimento realizado durante décadas pelos americanos na base aérea e espaço envolvente e o não cumprimento das regras básicas de manutenção da ilha por parte de Portugal dá aos EUA o direito à posse do território por usucapião.”
cnoticias.net (ver aqui)

***«»***
Portugal já está a arder…

Não se assustem! Trata-se de uma montagem, bem conseguida e bem humorada. Mas não me admiraria nada, se a fantasia se transformasse em realidade. Nos tempos conturbados, que se avizinham, tudo é possível. Até uma nova aparição da Santa, em Fátima, para comemorar o centenário do embuste. E, também, não me admiraria nada, se o Papa viesse a reivindicar a soberania do Estado do Vaticano sobre a cidade de Fátima. O que seria justo, pois aquela cidade nasceu e cresceu à custa da fábrica dos milagres e da fábrica da cera, ambas com uma taxa de produtividade elevada.
É que, Portugal, dentro de pouco tempo, e tal como vai acontecer à Grécia, irá ser posto à venda, não por culpa do actual governo, que tem feito um esforço notável, para manter um equilíbrio, que é, no entanto, muito instável, mas sim, por culpa dos anteriores governos, desde os de Mário Soares até ao de Passos Coelho, que, quer por convicção, uns, quer por desleixo e incompetência, outros, meteram o país numa grande alhada, fazendo-o mergulhar na segunda maior crise da sua história, e para a qual não se vislumbra uma saída, devido os constrangimentos impostos pela UE e pela moeda única.
Alexandre de Castro
2017 02 11

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

O Novo World Center será o último símbolo imperial dos EUA?



O Novo World Center será o último símbolo imperial dos EUA?

Para a posteridade e para a memória futura, cada civilização deixa as suas marcas no seu território e naquele que vai ocupando. O Novo World Trade Center é a marca mais emblemática da potência que se impôs ao mundo, nos últimos cem anos, através dos seus modelos ideológicos, políticos, económicos, culturais e militares. Nova Iorque é a Roma dos tempos actuais, monumental e grandiosa em todos os aspectos. É o símbolo imperial do provisório (na História tudo é provisório) triunfo do capitalismo financeiro e do neoliberalismo. Como o tempo virtual da História, ao nível de todas as mudanças evolutivas, vai encurtando progressivamente, em relação ao andamento do tempo real, e como os EUA já atingiram o seu zénite, onde se cruzam todas as contradições, que os “impérios tecem”, é muito possível que o Novo World Trade Center seja a sua última marca imperial. É que o Mundo começa a mexer-se e já se sente que a Humanidade está a caminhar sobre um vulcão, que mais tarde ou mais cedo vai entrar em erupção. Que ninguém pense que se chegou ao fim da História. 

Novos tempos chegarão, com novas alegrias e novas dores, com gloriosas realizações e com enormes decepções. Um tempo novo, que também vai ter os seus heróis e os seus carrascos, as suas glórias e as suas misérias. A obra humana nunca foi perfeita. Deixou atrás de si, apesar do brilho ostentado e do progresso carreado pelas sucessivas civilizações, as marcas da violência e dos horrores. Trata-se de uma herança genética, biológica e social, que teve origem naquele primitivo Homo Erectus, quando ele descobriu, que, dando uma forte pancada, com a tíbia de um mamute, na cabeça do seu companheiro, lhe podia roubar um suculento pedaço de carne. A partir daí, a Humanidade nunca mais sossegou. E nunca irá ficar sossegada... 
Alexandre de Castro
2017 02 09

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Donald Trump não aterrou de paraquedas, na Casa Branca, por mero acaso…


Donald Trump não aterrou de paraquedas, na Casa Branca, por mero acaso…

Tal como Hitler subiu ao poder, com o oculto apoio, político e financeiro, dos grandes patrões da indústria alemã, que necessitavam de uma ditadura, para expurgar o país da ameaça comunista, que, internamente, se agigantava, também Donald Trump, que não aterrou de paraquedas, na Casa Branca, por mero acaso, tem atrás de si a força de, pelo menos, dois grandes lobies: o lobie judaico-sionista, da alta finança, que pretende mais pragmatismo dos EUA, na protecção, consolidação e no alargamento territorial do Estado de Israel, na Cisjordânia, e o lobie da indústria exportadora, que quer, por um lado, voltar à Europa, de onde foi destronada, através do Mercado Único Europeu e da criação do euro, e, por outro lado, conter o crescimento económico da China, que começa a ser, no mercado mundial, um sério concorrente dos EUA. Não foi por acaso que Trump, durante a campanha eleitoral, mencionou, com intencional hostilidade, a China, a Alemanha e a União Europeia.  

Já não interessa a esses lobies, o confronto permanente com a Rússia, que não ajuda nada a economia americana, assim como a política belicista no Médio Oriente, aplicada pelos anteriores presidentes. A nível de política interna, o que o lobie dos industriais pretende é a total desregulamentação do mercado de trabalho, para aumentar, ainda mais, a produtividade, à custa da diminuição dos salários.

Para estes dois lobies, muito poderosos, e que comandam toda a realidade política, estes objectivos só serão alcançados com um Presidente populista, que faça uma limpeza em todo o aparelho de Estado, eliminando todas as resistências que se atravessem no seu caminho. E Trump, devido ao seu perfil e condição, foi o homem escolhido, para operar esta viragem na política interna e na política externa dos EUA.

Se esta perspectiva estiver correcta, não poderemos estranhar o fenómeno atípico da eleição de Trump para presidente dos EUA. É uma necessidade do sistema, para garantir, no futuro, a sua sobrevivência, como maior potência mundial. Eu até me atreveria a dizer que se tratou de um acto de desespero, se também tomarmos em consideração o domínio militar. É que a intervenção decisiva da Rússia de Putin, no conflito Síria, demonstrou, de forma inequívoca, que os EUA não poderão continuar a fazer, no Médio Oriente, o que muito bem entendem.
Alexandre de Castro
2017 02 09

Agradecimento


Agradeço à Christiene Nascimento e à Ludovina Moreira  a amabilidade de terem aderido ao Alpendre da Lua.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

A alimentação e a saúde…


Uma nova visão sobre o papel dos intestinos Entrevista com Dr. Kater no Salutis.

A minha amiga Lara Ferraz enviou-me este vídeo, em que o entrevistado, a propósito da abordagem que faz à importância do intestino, acaba por fazer uma incursão na Bioquímica. Enviei-lhe a seguinte mensagem

A alimentação e a saúde…

Amiga Lara:

Recordei, através do vídeo enviado, os conhecimentos de Bioquímica, adquiridos na faculdade, e que, na época, me deslumbraram. A bíblia da Bioquímica era o Tratado do Lehninger, por onde se estudava. Descobri um mundo novo e apaixonante. Tratava-se de uma nova ciência, desenvolvida nos EUA, em meados do século passado, no Instituto Rockefeller, e que veio possibilitar o conhecimento da mais profunda intimidade, a nível celular, da vida animal e vegetal, o que teve repercussões revolucionárias na Medicina e nas ciências agronómicas.

Penso, na realidade, tal como o especialista entrevistado neste vídeo, que é na alimentação que se encontra o segredo da saúde, saúde que não é apenas a ausência de doença, mas sim a harmonia do bem-estar, que só é conseguida pela prática de hábitos saudáveis, ao nível de uma alimentação, biologicamente correcta, ao nível do adequado exercício físico e, até (isto vai parecer uma opinião descabida, mas não é)  ao nível da actividade sexual.

Hoje, o Homem (e todas as espécies animais e vegetais) é o que é, no ponto de vista morfológico, anatómico e metabólico, devido aos recursos alimentares disponíveis, em cada época, e durante milhares de anos, para todos os seus antepassados, da respectiva linha evolutiva. Tivesse a alimentação, desses antepassados, sido diferente, e o Homem actual também seria diferente, em todos aqueles aspectos mencionados. Por isso, a alimentação actual, ao nível da composição bioquímica, deve estar em linha sequencial com a dos nossos antepassados. E não está… O impressionante desenvolvimento tecnológico da agricultura, da agro-pecuária e da indústria alimentar veio desequilibrar essa relação fundamental. O aumento da prevalência de muitas doenças degenerativas, tal como o cancro do cólon intestinal, tem como causa, indiscutivelmente, esse desequilíbrio.

A alimentação e a produção e transformação de alimentos são problemas globais, quer pela carência, em muitas zonas do globo, quer pela abundância, artificialmente conseguida por práticas incorrectas, em outras zonas. As soluções também têm de ser globais, e não podem ficar sujeitas ao livre arbítrio de cada governo. 

Se quisermos evitar uma grande catástrofe humanitária, a ONU, através das suas instituições especializadas, a FAO, a OMC e a OMS, tem de promover planos que evitem a degradação continuada dos solos, por não se respeitar a milenar prática do pousio, que permite a sua regeneração; restringir a utilização de fertilizantes e de outros químicos, usados para acelerar o crescimento dos produtos agrícolas, fertilizantes e químicos esses, que, além de também degradarem os solos, prejudicam o crescimento saudável dos produtos, que assim não têm tempo suficiente para poder desenvolver os elementos e compostos bioquímicos necessários, que garantam o seu valor alimentar natural; restringir o abuso do recurso às hormonas de síntese, utilizadas para acelerar o crescimento dos animais, destinados à alimentação humana; e outras e variadas políticas, a nível global e regional, que promovam, para o consumo da humanidade, e garantindo a sustentabilidade ambiental, a produção suficiente de alimentos saudáveis. E, na maioria destas questões, é a Bioquímica que se constituiu como ciência fundamental e estruturante, e em cujos pressupostos a Medicina Nutricionista e a Medicina Preventiva têm de se apoiar.
Alexandre de Castro
2017 02 05

domingo, 5 de fevereiro de 2017

14 banqueiros portugueses receberam mais de um milhão em 2015


Gráfico enviado por Ana Henriques

14 banqueiros portugueses receberam mais de um milhão em 2015

Mais do que administradores de bancos na Suécia, Noruega ou Dinamarca.

O número de banqueiros portugueses a ganhar mais de um milhão por ano tem vindo a aumentar. Em 2015, foram 14 os administradores de bancos a receberem um milhão de euros durante o ano.
Em 2013, só havia sete banqueiros portugueses a receber um milhão de euros e em 2014 eram dez.
Os dados são do relatório “Report on high earners 2015”, que mostra ainda que, a nível europeu, Portugal está na 18.ª posição, à frente de países como a Noruega, Suécia e Dinamarca.
***«»***
É justo...
Fizeram um óptimo trabalho...
Eu é que não ganhei nada... Só perdi, por causa do Sol, que bate todo o dia na varanda da minha casa. Eu, até, já lá coloquei chapéus de Sol, para tapar o dito cujo, mas os fiscais da Câmara disseram-me que isso era batota, para enganar o fisco...
Alexandre de Castro
2017 02 05

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Cartazes contra Papa Francisco espalhados pelas ruas de Roma


Cartazes contra Papa Francisco espalhados pelas ruas de Roma

Francisco deu ao seu enviado [arcebispo do Vaticano, Angelo Becciu] “todos os poderes necessários” para ajudar a estabelecer as bases de uma nova constituição para a Ordem [de Malta], conduzir a renovação espiritual dos seus cavaleiros e preparar a eleição de um novo grão-mestre, esperado dentro de três meses.
Sapo 24
***«»***

O Papa Francisco só não deu dinheiro para comprar cavalos.
Pelo teor da mensagem, inscrita nos cartazes, e pelo “modus operandi” utilizado, conclui-se que isto foi obra do grupo reaccionário de cardeais do Vaticano, que estão a fazer a vida negra ao Papa, um homem mais aberto à renovação e à adaptação da Igreja Católica aos novos tempos.
Mas temos de concluir que, instituições religiosas, como a Ordem de Malta, cheiram a mofo medieval. São um viciado anacronismo dos tempos actuais, mesmo para os católicos mais beatos.


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Dirigentes europeus caladinhos e bondosos...


Dirigentes europeus caladinhos e bondosos...

O recente abrandamento da agressividade dos vários líderes da União Europeia, em relação a Portugal - agressividade essa que, há uns anos atrás, se manifestava diariamente e de um modo rotativo, através do aparecimento de um deles, nos meios de comunicação social, para fazer duras críticas ao governo português, por Portugal, no ponto de vista financeiro, não conseguir alcançar as metas acordadas - deve-se exclusivamente ao medo que se instalou nos gabinetes de Bruxelas e de Berlim, perante o surgimento da hipótese da ascensão ao poder dos partidos da extrema direita. Recentemente, até passaram com uma esponja o facto da dívida pública portuguesa ter aumentado, o que, há uns dois anos atrás, teria sido um excelente pretexto para proferir discursos ameaçadores.
Todos nós sabemos que os actuais partidos europeus de extrema-direita são os herdeiros “civilizados” do nazismo e do fascismo. Mas também sabemos que esses partidos não se inibem em anunciar explicitamente aquilo que os partidos do sistema, que se alternam rotativamente no poder, para implementar as mesmas políticas, ocultam da opinião pública, mas que tentam fazer sub-repticiamente.
No final deste ano, e se nas várias eleições, que vão decorrer na Europa, os partidos do sistema assegurarem confortavelmente o poder, Portugal regressará novamente à condição de mau aluno. E então o discurso muda, regressando à ameaça e à chantagem. 
Alexandre de Castro
2017 02 02

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

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