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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Dirigentes europeus caladinhos e bondosos...


Dirigentes europeus caladinhos e bondosos...

O recente abrandamento da agressividade dos vários líderes da União Europeia, em relação a Portugal - agressividade essa que, há uns anos atrás, se manifestava diariamente e de um modo rotativo, através do aparecimento de um deles, nos meios de comunicação social, para fazer duras críticas ao governo português, por Portugal, no ponto de vista financeiro, não conseguir alcançar as metas acordadas - deve-se exclusivamente ao medo que se instalou nos gabinetes de Bruxelas e de Berlim, perante o surgimento da hipótese da ascensão ao poder dos partidos da extrema direita. Recentemente, até passaram com uma esponja o facto da dívida pública portuguesa ter aumentado, o que, há uns dois anos atrás, teria sido um excelente pretexto para proferir discursos ameaçadores.
Todos nós sabemos que os actuais partidos europeus de extrema-direita são os herdeiros “civilizados” do nazismo e do fascismo. Mas também sabemos que esses partidos não se inibem em anunciar explicitamente aquilo que os partidos do sistema, que se alternam rotativamente no poder, para implementar as mesmas políticas, ocultam da opinião pública, mas que tentam fazer sub-repticiamente.
No final deste ano, e se nas várias eleições, que vão decorrer na Europa, os partidos do sistema assegurarem confortavelmente o poder, Portugal regressará novamente à condição de mau aluno. E então o discurso muda, regressando à ameaça e à chantagem. 
Alexandre de Castro
2017 02 02

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