Donald
Trump não aterrou de paraquedas, na Casa
Branca, por mero acaso…
Tal como Hitler subiu ao poder, com o
oculto apoio, político e financeiro, dos grandes patrões da indústria alemã,
que necessitavam de uma ditadura, para expurgar o país da ameaça comunista,
que, internamente, se agigantava, também Donald Trump, que não aterrou de
paraquedas, na Casa Branca, por mero acaso, tem atrás de si a força de, pelo
menos, dois grandes lobies: o lobie judaico-sionista, da alta finança, que
pretende mais pragmatismo dos EUA, na protecção, consolidação e no alargamento
territorial do Estado de Israel, na Cisjordânia, e o lobie da indústria
exportadora, que quer, por um lado, voltar à Europa, de onde foi destronada,
através do Mercado Único Europeu e da criação do euro, e, por outro lado,
conter o crescimento económico da China, que começa a ser, no mercado mundial,
um sério concorrente dos EUA. Não foi por acaso que Trump, durante a campanha
eleitoral, mencionou, com intencional hostilidade, a China, a Alemanha e a
União Europeia.
Já não interessa a esses lobies, o
confronto permanente com a Rússia, que não ajuda nada a economia americana, assim
como a política belicista no Médio Oriente, aplicada pelos anteriores
presidentes. A nível de política interna, o que o lobie dos industriais
pretende é a total desregulamentação do mercado de trabalho, para aumentar,
ainda mais, a produtividade, à custa da diminuição dos salários.
Para estes dois lobies, muito poderosos,
e que comandam toda a realidade política, estes objectivos só serão alcançados
com um Presidente populista, que faça uma limpeza em todo o aparelho de Estado,
eliminando todas as resistências que se atravessem no seu caminho. E Trump,
devido ao seu perfil e condição, foi o homem escolhido, para operar esta
viragem na política interna e na política externa dos EUA.
Se esta perspectiva estiver correcta,
não poderemos estranhar o fenómeno atípico da eleição de Trump para presidente
dos EUA. É uma necessidade do sistema, para garantir, no futuro, a sua
sobrevivência, como maior potência mundial. Eu até me atreveria a dizer que se
tratou de um acto de desespero, se também tomarmos em consideração o domínio
militar. É que a intervenção decisiva da Rússia de Putin, no conflito Síria,
demonstrou, de forma inequívoca, que os EUA não poderão continuar a fazer, no Médio
Oriente, o que muito bem entendem.
Alexandre
de Castro
2017 02 09
1 comentário:
Eu acho que o Povo Trabalhador Americano que Vota nesta Gente não sabe o que faz.boa tarde. Cumprimentos.
Enviar um comentário